segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MACEIÓ - MPE INGRESSA COM AÇÃO CIVIL PÚBLICA CONTRA FRAUDE EM LICITAÇÃO PARA A LIMPEZA PÚBLICA

O Promotor de Justiça Marcos Rômulo ingressou uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa contra o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, o ex-superintendente de Limpeza Urbana (SLUM), João Vilela, o atual superintendente Ernande Baracho e os sócios das empresas Viva Ambiental, Construtora Marquise, EBR Consultoria e Limpel. O grupo é responsável por uma fraude na licitação de lixo de Maceió que envolve R$200 milhões. O Ministério Público Estadual(MPE) pede a perda do cargo público, multa para as empresas e os gestores, ressarcimento ao erário, proibição de contratar ou receber benefícios e subvenções.

O trabalho durou quase quatro anos e somou 174 laudas, sem contar documentos e provas que foram recolhidas. A ação foi originada a partir da denúncia do então vereador Marcos Alves, em 2006. De acordo com o promotor de Justiça, o prefeito, os gestores e os empresários atuaram com práticas de improbidade administrativa, pois manipularam a documentação que deveria ser apresentada para licitação do lixo de Maceió, bem como executaram procedimentos para favorecer determinadas empresas.

O MPE observou que, por exemplo, A Viva Ambiental, que era uma empresa pequena antes do atual prefeito Cícero Almeida assumir seu primeiro mandato virou uma gigante do trabalho de limpeza somente com o contrato de Maceió. Para se ter ideia, apenas três pequenos municípios, Caucaia(CE), Parnaíba(PI) e Madre de Deus(BA), tiveram serviços prestados pela empresa antes que ela fosse “escolhida” para efetuar atividades na capital. A sociedade reunia apenas dois irmãos que sequer tinham curso superior e que moravam em Salvador (BA).

Em janeiro de 2005, o município de Maceió pagava R$464 mil para empresa Marquise efetuar a limpeza. Desde a posse do primeiro mandato do prefeito Cícero Almeida, os valores foram sendo reajustados mês a mês. Em maio de 2006, o contrato já sob o comando da Viva Ambiental, estava na casa dos R$3,3 milhões. Isso sem contar as sucessivas fraudes que foram efetuadas para que a empresa pudesse substituir a antecessora no recolhimento de resíduos. Para se ter uma ideia, a Viva passou 18 meses como responsável pelo lixo da capital sem nenhuma licitação, além de vencer sem dificuldades o processo licitatório realizado em 2008.

No início do mandato do prefeito, a Marquise simplesmente comunicou a Prefeitura de Maceió que não tinha mais interesse em seguir o contrato que vencia em três meses. A Slum então organizou uma contratação de emergência – cheia de vícios e que terminou com a “escolha” da Viva Ambiental. No entanto, sem nenhuma explicação a prefeitura autorizou, já depois do fim do contrato, o pagamento para Marquise com reajustes bem acima dos valores que eram exercidos anteriormente.

Segundo o representante do Ministério Público Estadual, quando se passa a observar os valores pagos se tem a dimensão da fraude. O primeiro contrato emergencial cumprido pela Viva Ambiental foi de R$8,7 milhões por um período de seis meses, antes mesmo do fim de prazo a empresa ainda conseguiu um aditivo de mais de R$2,1 milhões.

A prestação do serviço foi renovada automaticamente (o que é proibido por lei) para R$15 milhões – sem que fosse feita qualquer publicação em Diário Oficial relativo a decisão da Slum. A justificativa apresentada foi a inexistência de um aterro sanitário em Maceió.

Em seguida, pela terceira vez, a empresa teve o contrato renovado por mais seis meses. Desta vez, uma cotação de preços foi feita para “validar” o contrato. No entanto, as investigações do promotor de Justiça observaram mais uma fraude. A empresa Trópicos que apresentou valores para cotação aparece em uma ação trabalhista em Jaboatão dos Guararapes (PE) como pertencente aos mesmos donos da Viva Ambiental, tendo inclusive, como elucidou o Ministério Público do Trabalho (MPT), sede no mesmo local de funcionamento da “concorrente”. Este contrato terminou repassando mais R$5,5 milhões para o esquema fraudulento.

Já a Limpel efetuou contratos, sem a realização de licitação, que elevaram em muito os valores cobrados até então pelo mercado. Por dois meses de trabalho a empresa cobrou R$3 milhões. O mesmo contrato foi renovado passando a ser dez meses e com valor de R$10 milhões. Em maio de 2006, o então diretor de Operações da Slum, Ernande Baracho, que viria a ser superintendente, requereu um acréscimo de 25% na prestação dos serviços o que gerou um terceiro aditivo desta vez de R$3,750 milhões. Detalhe em janeiro de 2005 a Limpel ganhava R$282,4 mil. Em novembro do mesmo ano o contrato já era de R$1,389 milhões.

LICITAÇÃO VICIADA - A EBR Consultoria foi contratada para elaborar o edital da licitação do lixo em Maceió. Uma investigação detalhada conferiu que a empresa levou apenas dois dias para ficar apta e concorrer a licitação que definiu o edital. Porém, o mesmo levantamento observou que as certidões necessárias para participação no certame só foram adicionadas aos autos da licitação mais de seis meses depois do encerramento do processo. Sem contar que a apuração dos fatos concluiu, devido as datas, que a EBR foi privilegiada ao saber dos resultados ofertados as outras duas empresas que disputaram a contratação.

O edital produzido pela EBR praticamente limitou a contratação da empresa Viva Ambiental e da Limpel, pois ambas eram às únicas do mercado que reuniam todas as condições exigidas no documento, extremamente detalhado e com fortes indícios de direcionamento para o favorecimento de determinado grupo. O edital terminou fazendo com que as duas empresas fossem habilitadas como as únicas com condições para o recolhimento dos resíduos de Maceió. Em tempo, os sócios proprietários da consultoria são casados e nunca tiveram nenhuma experiência na área, sendo ele engenheiro mecânico e ela música.

O edital fez uma série de exigências desnecessárias, mas que afetaram ainda mais a competitividade vital para uma licitação. Por exemplo, o item que diz ser obrigatória a utilização em todos os caminhões coletores compactadores e nos demais veículos de sistema de identificação, comunicação e monitoramento por GPS. Sem esquecer que a licitação proibiu a existência de consórcios para prestação do serviço e exigiu que as empresas que buscassem a habilitação tivessem no mínimo a mesma experiência de trabalho que já era prestado atualmente em Maceió.

Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação do MPE

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PSB - EX-GESTORES PARTIDÁRIOS SÃO CONDENADOS

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-presidente Josué dos Santos Filho e o ex-tesoureiro Silas Cabral de Araújo Franco do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Roraima. Os condenados deverão devolver R$192.464,34, valor atualizado, ao Fundo Partidário, que é composto por recursos dos impostos em geral, via orçamento da União e por multa, aplicadas pela Justiça Eleitoral.

Relatório do TCU indicou irregularidades na aplicação dos recursos do Fundo pelo Diretório Regional de Roraima. Os responsáveis apresentaram comprovantes de despesas sem autenticação com identificação ilegível ou não identificado. Constatou-se também que houve retiradas superiores às despesas realizadas, sem justificativa.

Santos e Franco ainda foram multados, individualmente, em R$11 mil. O valor deverá ser recolhido ao Tesouro Nacional, no prazo de 15 dias. Cópia da decisão foi enviada à Procuradoria da República no Estado de Roraima para as providências cabíveis, inclusive criminais.

Os dois ex-dirigentes e integrantes do PSB-RR tornaram-se inelegíveis, conforme dispõe a Lei Complementar da União nº 64/90. O ministro-substituto Marcos Bemquerer Costa foi o relator do processo. Cabe recurso da decisão e, portanto, a condenação poderá ser revertida ou modificada em parte. Acórdão nº 7106/2010 – 1ª Câmara - Processo: TC-024.757/2009-0

Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação do TCU

CONTROLE INTERNO - SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO DA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO PROMOVE O “VI ENCONTRO DAS AUDITORIAS INTERNAS DO SISTEMA S”

Com o tema “Desafios da Auditoria Interna”, no auditório SEST/SENAT do edifício Confederação do Transporte, em Brasília, no Distrito Federal. Com cerca de 130 participantes, o evento será realizado o objetivo de promover a troca de experiências sobre melhores práticas de controles internos adotados nas entidades que recebem contribuições parafiscais e na administração pública federal.

O encontro possibilitará a discussão dos problemas comuns e as possíveis soluções. Serão destaques durante os debates as soluções encontradas no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e no Ministério da Previdência Social (MPS) para os trabalhos de auditorias internas, por meio da utilização de sistemas informatizados.

Participarão de auditores internos e de controllers das entidades do Sistema “S” brasileiro (Sest/Senat, Sesi, Senai, Sesc, Sebrae, Senac, Sescoop e Senar), os assessores especiais de Controle Interno do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), representantes das unidades regionais da CGU no Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, e a equipe da Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Serviços Sociais da DPSES.

Sistema S - As entidades do Sistema “S”, por atuarem em cooperação com a Administração Pública na assistência social ou ensino a certas categorias ou grupos profissionais, recebem contribuições parafiscais, além de transferências voluntárias governamentais por meio de convênios ou outros instrumentos congêneres. Como qualquer outra entidade, pública ou privada, e por gerirem recursos públicos, estão sujeitas à prestação de contas, consoante o parágrafo único do art. 70 da Constituição de 1988.

Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação Social CGU

FISCALIZAÇÃO - REAFIRMADA A COMPETÊNCIA DA CGU PARA FISCALIZAR RECURSOS FEDERAIS REPASSADAS AOS MUNICÍPIOS

Por sete votos a dois, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente recurso ordinário impetrado pelo ex-prefeito do município baiano de São Francisco do Conde, Antônio Carlos Vasconcelos Calmon, contra o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), visando à anulação do sorteio do município para ação de controle e a fiscalização da CGU. O julgamento ocorreu ontem (24) à noite.
O STF é composto por 11 Ministros do Judiciário, mas atualmente está atuando apenas com 10, em razão da aposentadoria compulsória (obrigatória aos 70 anos de idade para servidores públicos) de um dos ministros e a não ainda nomeação de outro integrante pela Presidência da República, após aprovação do Senado.

Relator e autor do voto contrário ao recurso, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que a atuação da CGU decorre de ato de controle interno do Poder Executivo, na medida em que a União atua como repassadora de verbas públicas. Seu dever de fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos repassados é ato que se impõe, sob pena de a União ser responsabilizada por omissão, explicou o ministro.

Acompanharam o voto do relator os ministros Dias Toffoli, Carmem Lúcia, Joaquim Barbosa, Ayres Britto, Ellen Gracie e Celso de Mello, que consideraram imprescindíveis a prestação de contas das verbas federais pelos municípios e o controle interno federal sobre esses recursos, destacando a importância das atividades desenvolvidas pela CGU.

O argumento da defesa foi acolhido apenas pelos ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso, que apontaram a competência exclusiva do Tribunal de Contas da União (TCU) para esta fiscalização. O ministro Gilmar Mendes não participou do julgamento. Desde 2004, quando foi impetrado, o mandado de segurança já havia sido julgado improcedente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que motivou o recurso do ex-prefeito.O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, disse que a decisão do STF não o surpreendeu. “Nunca acreditei que o Supremo fosse acolher tese tão absurda, como essa, que pretendia impedir que órgãos federais de controle exerçam o dever de fiscalizar os recursos federais repassados aos Estados e Municípios”, disse ele.

A fiscalização, segundo o ministro, não é somente uma faculdade, mas sim um dever que a própria Constituição impõe. “De resto, isso já foi reconhecido e reafirmado inúmeras vezes, em todas as oportunidades que o STJ julgou mandados de segurança impetrados por prefeitos como esse, acostumados aos desvios e à corrupção com o dinheiro público”, lembrou Hage.

Estrada e elásticos - Fiscalizado após sorteio realizado no final de 2003, São Francisco do Conde foi um dos municípios que apresentaram os maiores e mais graves casos de irregularidades.Entre muitos outros problemas encontrados pela fiscalização, a CGU constatou que uma construtora foi contratada, sem licitação, por R$ 5 milhões, para construir um trecho de estrada que, a preços de mercado, deveria ter custado R$ 1 milhão. Os fiscais da Controladoria apuraram que, não tendo tradição na construção de rodovias, a empresa subcontratou outra construtora para executar as obras, pagando-lhe, aproximadamente, R$ 1,8 milhão e embolsando, portanto, um lucro líquido superior a R$ 3 milhões com a obra.Foi também em São Francisco do Conde que ocorreu a estranha aquisição de 4,3 milhões de unidades de elásticos (cinco toneladas) para dinheiro. Os elásticos eram um dos 105 itens de uma tomada de preços realizada pela prefeitura no valor de R$ 629 mil. A fiscalização revelou que a compra foi superdimensionada e que os elásticos nunca foram entregues.

Fiscalização e capacitação - O Programa de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos foi criado pela CGU em abril de 2003, para fiscalizar a aplicação de recursos federais transferidos aos municípios e, sobretudo, inibir a corrupção entre gestores de todas as esferas da administração pública. O programa já chegou a 1.880 municípios (33,78 % dos 5.565 municípios brasileiros), fiscalizando recursos totais da ordem de R$ 14,5 bilhões.As irregularidades mais freqüentemente encontradas pelos fiscais envolvem as fraudes em licitações (simulação ou montagem de processo licitatório, com uso de documentos forjados e de empresas fantasmas, direcionamento etc.); uso de notas frias ou clonadas, pagamento por serviços não realizados ou por material não recebido, obras realizadas fora das especificações dos projetos, entre outros problemas.

O programa levou a CGU a descobrir também que muitas das falhas constatadas decorriam muito mais do despreparo das administrações do que propriamente de dolo dos gestores. Por essa razão, a Controladoria instituiu o Programa de Fortalecimento da Gestão, que tem levado a muitos gestores municipais (prefeitos, secretários, assessores e membros de comissões de licitação) cursos sobre a gestão de recursos federais, apoiados em cartilhas e manuais preparados pelos próprios técnicos da CGU.

Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação Social da CGU

DELMIRO GOUVEIA – CONSTROI A CULTURA DA PAZ E FAZ PASSEATA CONTRA A VIOLÊNCIA

Violência - A violência em Delmiro Gouveia, na região alagoana do Alto Sertão, vive dias de pavor. Segundo lideranças de segmentos sociais, nos últimos tempos em torno de 59 pessoas já foram assassinadas e “o povo não acredita na polícia e nem na justiça, pois eles sabem disso e nada faz”, disse ao FCOP-AL uma liderança ligada à Igreja Católica.

Nos últimos dias, três pessoas foram mortas ao mesmo tempo e outras duas ficaram feridas, mas nada foi descoberto até agora, pois a falta de crédito nas instituições públicas ligadas à polícia e a justiça nada fazem e por isso a população sequer faz as suas “queixas”.

Para as lideranças ouvidas, a violência tem como fato motivador a forte omissão das autoridades, “apesar de ninguém dizer isso publicamente”, ressaltou uma das lideranças ligada ao Partido dos Trabalhadores daquele Município sertanejo.

Até guarda municipal já faleceu e há “fortes suspeitas de que alguém ligado a autoridades” pratica e participa da violência, disse uma das pessoas ouvidas, mas muito assustada para ninguém saber o seu nome. Inclusive, quando o FCOP-AL “qual o seu nome?”, a resposta foi “não quero dizer”. O Fórum esteve na região no Dia de Zumbi, quando fez palestra em algumas associações sobre o preconceito de cor, com o tema: “Você Esconde Preconceito?”

Disseminação da cultura da paz – Com o objetivo de denunciar a omissão das autoridades e o não esclarecimento dos diversos tipos de crime praticados em Delmiro Gouveia, pois “não são só assassinatos”, algumas igrejas, a sociedade civil em geral, alguns partidos políticos, algumas associações comunitárias etc. irão promover um ato que está sendo chamado de “A Passeata da Paz”. Segundo informações chegadas ao FCOP-AL, o movimento de construção da cultura da paz e a passeata têm como uma das principais lideranças o Padre José Aparecido.

A passeata será no Domingo, cinco de dezembro, terminando como uma Missa solene. “Assim esperamos denunciar a omissão e a impunidade, bem como chamar a atenção de muita gente”, disse uma pessoa que congrega na Igreja Batista local.

Redação: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (FCOP-AL); imeio:fcopal@bol.com.br; blogue:fcopal.blogspot.com

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AÇÃO CONJUNTA DA CGU E DA AGU AMPLIA RESSARCIMENTO DE DINHEIRO DESVIADO À UNIÃO

Somente no primeiro semestre deste ano, a Advocacia-Geral da União (AGU), propôs mais de uma centena de ações judiciais com base em relatórios e apurações disciplinares da Controladoria-Geral da União (CGU), resultando no bloqueio de bens da ordem de R$ 503 milhões e no ressarcimento de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos.
A informação foi prestada por André Luiz Mendonça, Diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da AGU, durante palestra feita hoje (18), no I Encontro de Corregedorias do Poder Executivo Federal, promovido pela CGU, em Brasília.
Mendonça revelou que a relação CGU/AGU tem se estreitado muito, também, nos processos de cobrança de ressarcimentos referentes a Tomadas de Contas Especiais (TCE), instrumento de que dispõe a Administração Pública para ressarcir-se de prejuízos que lhe forem causados.
O trabalho conjunto da CGU e AGU, segundo André Mendonça, tem contribuído para combater a corrupção com mais efetividade e agilidade, reduzindo o tempo entre a prática do ato lesivo e a efetiva punição e o ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos.
Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação Social da CGU

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SANTANA DO MUNDAÚ – JUSTIÇA MULTA PREFEITO EM EXERCÍCIO, POR PERMITIR QUE O EX-PREFEITO E OS EX-SECRETÁRIOS CONTINUEM A ADMINISTRAR, MESMO AFASTADOS

O Vice-prefeito de Santana do Mundaú, Marcelo de Souza Mendonça, que recentemente assumiu a Prefeitura, em razão do afastamento do então prefeito, Eloi da Silva, recebeu penalidade aplicada pela juíza da 2ª Vara Cível da Comarca de União dos Palmares, Laila Kerckhoff.
A penalidade é o pagamento de uma multa diária no valor de R$1.500,00, se o atual Prefeito continuar permitindo que o ex-prefeito e os ex-secretários, também afastados, exerçam as suas funções administrativas normalmente.
Segundo o promotor de justiça da Comarca de União dos Palmares, Tácito Yuri, o Prefeito Eloi Silva e os Secretários foram afastados por prática de atos de improbidade administrativa.
A decisão judicial atingiu os secretários de transporte, José Maciel Félix da Costa, de infra-estrutura, Lucinaldo da Silva Souza, de Gestão Pública, José Élson da Silva, de Finanças, José Marx Ferreira, de Educação, Antônio Duarte Ramos Filho e a secretária de Assistência Social, Vânia Mara Tenório.
Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação do MPE

MUNICÍPIOS ALAGOANOS RECEBEM MAQUINÁRIO DO GOVERNO FEDERAL

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informa quais municípios que receberão retroescadeira e motoniveladora, por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento, seguda etapa - PAC 2. São 1.300 municípios, em todo o Brasil e em Alagoas são 31 municípios beneficiados.

A destinação de retroescavadeira e motoniveladora tem como objetivo melhorar a infraestrutura municipal e recuperar estradas vicinais, em municípios com até 50 mil habitantes.

Por "estradas vicinais" são conhecidas as que fazem a ligação entre povoados de um município e de povoados com a sede municipal, a cidade.

Em ordem alfabética, leia a listagem dos municípios beneficiados:

Água Branca
Belo Monte
Cacimbinhas
Campo Grande
Coité do Nóia
Craibas
Feira Grande
Girau do Ponciano
Inhapi
Junqueiro
Lagoa da Canoa
Limoeiro de Anadia
Major Isidoro
Maragogi
Mata Grande
Monteiropolis
Olho D`Água Grande
Olivença
Ouro Branco
Pão de Açúcar
Pariconha
Poço das Trincheiras
Porto Calvo
Santana do Ipanema
Santana do Mundaú
São José da Laje
São Luis do Quitunde
São Sebastião
Senador Rui Palmeira
Taquarana
Traipu
Fonte: Com informações da Assessoria de Comunciação do MDA

sábado, 13 de novembro de 2010

ATENÇÃO TCE, MPE, PP, OE E IMPRENSA: PREFEITURAS E CÂMARAS DESCUMPREM CONSTITUIÇÕES E LEIS, CAUSANDO PREJUÍZOS À POPULAÇÃO

Em atividades de controle social e também preparatórias para a IV ExpoContas Públicas, este Fórum constatou diversos tipos de irregularidades. Estas há anos são denunciadas, mas não combatidas pelo Tribunal de Contas Estadual (TCE) e/ou pelo Ministério Público Estadual (MPE), através de suas promotorias e até pelos Partidos Políticos (PP) e/ou Outras Entidades (OE).

No perceber do Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (FCOP-AL), a imprensa não tem focado essa questão e, portanto, os infratores das constituições e das leis ficam impunes e a população gravemente prejudicada.

Nesse período estamos na construção das leis orçamentárias anuais (LOA). Aqui, vamos focar apenas as irregularidades pertinentes à feitura dos orçamentos municipais para o exercício de 2011.

As constituições, Nacional e Estadual (CN e CE), bem como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que, aliás, completa uma década, as respectivas leis orgânicas municipais (LOM) e o Estatuto da Cidade (EC) impõem o orçamento participativo, como forma de dar efetividade aos princípios republicanos e a sua máxima “o poder emana do povo”, além de ser a LOA um instrumento de combate às malezas relacionadas no artigo 3º da CN, como a desigualdade social e o empobrecimento da população.

A maioria das prefeituras não cumpre o prazo de remessa do projeto da Lei Orçamentária Anual (pLOA) às respectivas câmaras, com determina a CE. Essa condenável prática tem a conivência das câmaras. Assim, as prefeituras, sutil e indiretamente, afastam a possibilidade de a população debater o pLOA, mesmo que apenas na CM. Os vereadores quase sempre alegam algo que poderia ser traduzido assim: “É... O projeto chegou em cima da hora e não dá tempo debater”, por causa do recesso de fim e de início de ano e na vã tentativa de eximirem-se das próprias responsabilidades e da finalidade do Legislativo.

Segundo as CN e CE, a LRF, em especial o seu atual artigo 48, cada LOM e o EC, bem como a doutrina, dizem que a gestão democrática tem como um de suas obrigatórias ações a construção de um orçamento municipal participativo, através de, no mínimo, audiências públicas.

Todavia, as obrigatórias audiências públicas não são realizadas praticamente em nenhum município alagoano e esses importantes espaços de intervenção da população e de efetividade da gestão democrática não são abertos pelas prefeituras e, então, as respectivas sociedades ficam sem a possibilidade de atuação.

As câmaras também descumprem as normas acima citadas, como a parte final do artigo 44 do EC, que proíbe a elas aprovarem as leis orçamentárias, se as prefeituras não tiverem, clara e efetivamente, realizado as audiências públicas.

Este Fórum desconfia que as câmaras fraudam atas de supostas audiências públicas ou até mesmo estas, como aconteceu em São Sebastião, conforme denúncia chegada à Ongue de Olho em São Sebastião. Segundo esta integrante deste Fórum, a Presidência da câmara são-sebastiãoense é exercida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

BAHIA – PREFEITOS, SECRETÁRIOS E SERVIDORES SÃO PRESOS NA OPERAÇÃO “CARCARÁ”

A Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã de hoje (10), a Operação “Carcará da Bahia”, para desarticular uma organização criminosa que vinha praticando crimes contra a Administração Pública Federal em pelo menos 21 municípios baianos. Participam da operação cerca de 500 policiais federais e 50 servidores da CGU.
A operação prevê o cumprimento de 82 mandados de busca e apreensão, 45 prisões temporárias e uma prisão preventiva nos diversos municípios envolvidos. Entre as pessoas a serem presas estão seis prefeitos, quatro secretários e 15 servidores municipais. Os primeiros levantamentos indicam que no período de janeiro de 2008 até julho de 2010, a quadrilha pode ter desviado dos cofres públicos cerca de R$ 1,3 milhão.
As investigações começaram em 2009 e constataram a existência de um esquema criminoso voltado à prática de fraudes em procedimentos licitatórios que visavam a aquisição de merenda escolar e medicamentos, além da execução de obras. O grupo criminoso utilizava diversas maneiras de frustração ao caráter competitivo das licitações, destacando-se a criação de empresas em nomes de terceiros (familiares ou conhecidos), com o intuito de utilizá-las para “ganhar” licitações “arranjadas”; uso de artifícios para direcionar os editais e afastar possíveis concorrentes; superfaturamento de preços; inexecução contratual; e pagamento de propina a agentes municipais facilitadores do esquema.
A atuação do grupo criminoso se estendia, pelo menos, aos seguintes municípios baianos: Itatim, Cafarnaum, Utinga, Lençóis, Aratuípe, Ibicoara, Brejões, Cândido Sales, Santa Terezinha, Iraquara, Bonito, Lamarão, Santo Estevão, Elísio Medrado, Mulungu do Morro, Souto Soares, Castro Alves, Palmeiras, Cravolândia, Lafaiete Coutinho e Sapeaçu. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e fraude ao caráter competitivo de licitações, dentre outros. Dirigentes da PF e da CGU darão uma entrevista coletiva à imprensa hoje (10), às 14 horas (horário da Bahia), na Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado da Bahia, para explicar detalhes da operação.
Todo o material apreendido durante a operação será agora analisado pela Polícia Federal, com o auxílio de analistas da Controladoria-Geral da União, para que, ao final da investigação, seja apresentado relatório final ao Ministério Público Federal.
Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação Social da CGU

sábado, 6 de novembro de 2010

PALESTINA – “PREFEITO DISTRIBUI FEIJÃO PODRE”

Segundo integrantes da Comissão de Cidadania de Palestina (CCP), o prefeito José Alcântara Júnior distribuiu à população em 26/10/2010, à tardezinha e à noite, feijão de péssima qualidade. O “feijão é muito velho e não cozinha, sendo da cor de ferrugem”, segundo uma servidora que não quis se identificar para não sofrer perseguição.
Na primeira vez, o feijão distribuído “era podre e estava cheio de gorgulho”, diz uma da pessoa que ainda hoje guarda um pouco do feijão para recordar o “desrespeito que a população sofre dessa administração”, diz uma das pessoas que integram à CCP.
Na segunda vez, o feijão foi distribuído na cidade por intermédio de um caminhão branco de propriedade do prefeito Júnior Alcântara, sob a supervisão da Secretaria Municipal de Assistência Social, através da servidora contratada Marli Ferreira e servidores também contratados do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), Pureza dos Anjos e Edicarlos, conhecido por “Jô”, sendo que o motorista era o “Chico Veio”.
Nos povoados, o feijão foi distribuído por “Jô”, “Tola” ou Valdenice e Nena. “A qualidade da alimentação distribuída agora e anteriormente é de péssima qualidade; inclusive, parte do feijão realmente tinha muito gorgulho e estava virando pó”, disse o vereador Cláudio Cabudo (PSC), que chegou a levar amostras do feijão para a Câmara Municipal, onde houve forte debate sobre o fato.
Estranhamente, durante a distribuição do péssimo feijão, os servidores municipais exigiam que as pessoas apresentassem e eles anotavam os números do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e da Carteira de identidade (CI), sob a alegação de que havia necessidade de fazer-se um cadastro.
Anteriormente, há cerca de alguns meses, já havia sido distribuído farinha de mandioca também de péssima qualidade, sob a coordenação da Secretaria de Assistência Social.
Segundo a CCP, o vereador e a vereadora, essas atividades têm a coordenação da Secretária de Assistência Social, Crisélia Alcântara Melo, que é cunhada do prefeito Júnior Alcântara.
Um dos diretores do sindicato dos servidores municipais, afirmou que muita gente tirou foto da má qualidade tanto do feijão, nas duas oportunidades, bem como da farinha de mandioca.
Assinado: Comissão de Cidadania de Palestina

PALESTINA – OAB APURA VIOLÊNCIA ÉTICA DE ADVOGADO

Em 28/10/2010, aconteceu no Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas (OAB-AL), em Maceió, uma audiência para apurar a violência ética praticada pelo advogado Iran Nunes de Medeiros. O advogado também é Procurador Municipal de Palestina, Município da região do Médio Sertão alagoano, encravado entre os municípios de Pão de Açúcar e Monteirópolis, a cerca de 260 km de Maceió.
Segundo o relator do Processo Disciplinar nº15628/09, advogado Walmar Paes Peixoto, além da audiência de ontem, outras ainda poderão acontecer, com o objetivo de bem apurar os fatos, ouvindo-se as partes e colhendo-se as provas existentes.
A OAB-AL apura denúncia de quebra de preceitos éticos praticada pelo advogado Iran Medeiros. A denúncia partiu de Lúcia Maria Marciel de Carvalho, Josefa Oliveira dos Santos, Maria de Fátima do Santos, Rosilene Marcial dos Santos, Rosineide de Carvalho e Luíza Aparecida Bergamini da Silva.
As denunciantes afirmam que o advogado Iran Medeiros mostrou e balançou a genitália para elas e duas crianças, em 30 setembro de 2008, à noite, quando se dirigiam a uma reunião eleitoral da candidatura que apoiavam.
Segundo as denunciantes, o pessoal da coligação adversária, que tinha a orientação jurídica do Procurador Municipal, Iran Medeiros, estava com muitos envelopes nas mãos. Segundos os comentários gerais da população, dentro dos envelopes havia dinheiro para ser entregue a eleitores da coligação do prefeito Júnior Alcântara, que tentava a reeleição.
Em razão desse fato, o advogado e Procurador Municipal, Iran Medeiros, achou que as denunciantes estavam passando pelo local para fiscalizar a comprava de votos. Resolveu, então, “tirar satisfação e intimidar”, como não logrou êxito, praticou os condenáveis atos obscenos, mostrando e balançando a genitália e ainda dizendo “tirem foto, se quiserem”.
Imediatamente, o fato foi levado ao conhecimento do juiz Galdino Vasconcelos, das polícias militar e civil, bem como ao Conselho Tutelar e à OAB-AL, como divulgado na mídia estadual e regional.
Com a divulgação dos fatos pela imprensa, o advogado e Procurador Municipal entrou com o processo de queixa crime nº0000636-73.2009.8.02.0048, na Comarca de Pão de Açúcar, procurando manter a intimidação e conseguir a inversão dos fatos, “mas esperamos que a justiça seja feita, apesar das enormes dificuldades e demora, além do poder do advogado”, concluiu uma das denunciantes.
Assinado: Comissão de Cidadania de Palestina.

ESCOLARIZADOS BERLINDAM NA CORRUPÇÃO E NA IMPUNIDADE

O discurso elitista, repetido por muitos dos debaixo, atribui a existência ou a criação das malezas sociais no Brasil e, no contexto deste texto, no Alagoas, às pessoas analfabetas ou semialfabetizadas, no dizer do saudoso Paulo Freire.

Dentre as endêmicas malezas, dois fatores sobressaem e predominam na construção da desigualdade social alagoana: a corrupção e a impunidade. Dois substantivos abraçados pelo conhecido entorno corruptível, praticados e administrados pelos doutores, em dimensão multidisciplinar e nas inúmeras áreas do saber.

Em atividades de controle social constata-se, com suposta surpresa, enorme quantidade de pessoas escolarizadas envolvidas nas teias da corrupção e da impunidade, mas praticamente todas elas utilizando os produtos da, no dizer de Ladislau Dowbor, “economia do conhecimento”: técnicos, bacharéis, especialistas, mestres, doutores e até pós-doutor, como soubemos.

Sem exceção, as gestões representadas por analfabetos, semialfabetizados ou por escolarizados estão rodeadas de apenas “doutores” ou destes, mas que agregam à responsabilidade profissional determinado valor científico, encarecendo a corrupção e ampliando a possibilidade de impedir ou retardar o combate à impunidade.

Há tempos, em município sertanejo, tivemos acesso à informação de procedimento que apura o desvio de dinheiro oriundo da cobrança de tributo municipal “menor”, a taxa, em razão da, efetiva ou potencial, utilização de espaço ou serviço público. Os desviadores são todos componentes do último andar do sistema escolar, dois deles com título acadêmico agregado ao currículo.

Como contraponto, debate de dimensão ético-profissional ganha corpo e aqui, ali, acolá e em além mar, a sociedade reage e pergunta: como ou por que o sistema escolar, no andar das universidades e das faculdades, tem produzido “tantos, digamos, doutores corruptos?”

Por intermédio da imprensa, soube que o alunado da Faculdade de Maceió (FAMA) promove o “I Seminário de Atualidades Jurídicas”, que tem em foco algo como: o combate à má conduta profissional.

Parabéns!

Mas...

Torçamos para que as demais universidades e faculdades, bem como os mais diversos conselhos profissionais foquem o compromisso ético e o dever de honestidade no amplo leque de atuação de cada campo do conhecimento e não apenas no fato da, dentre outros letrados, prisão de dois vice-presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseccional de Arapiraca, por práticas depevatitantes.
* José Paulo do Bomfim - reside em São Sebastião e trabalha em Santana do Ipanema; como voluntário, atua no Curso de Noções sobre Administração Pública Municipal; imeio: fcopal@zipmail.com.br; blogue: http://fcopal.blogspot.com; texto escrito julho/2008 e atualizado em 04/11/2010.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

JOAQUIM GOMES - COMENTÁRIO E INDAGAÇÕES SOBRE CONTROLE SOCIAL

Um dos promotores de justiça com mais atuação no Estado, Adriano Jorge, elaborou o blogue que divulga a sua atuação em diversas comarcas, bem como publica muitas informações úteis. Como um dos coordenadores deste FCOP-AL, enviei ao blogue promotoriajoaquimgomes.blogspot.com, o comentário e indaçãoes que seguem: “Via imprensa, esta entidade acompanha o atuar de V. Exª e, agora, parabeniza a vossa iniciativa do blogue. Aguardando possível resposta, quanto ao controle social, indaga se esse Município cumpre: 1 - o atual artigo 48 da LRF e diversos artigos do Estatuto da Cidade, quanto ao orçamento participativo, especialmente no concernente às audiências públicas. Em diversas promotorias do Agreste e do Sertão ainda não há uma resposta; 2 - se o artigo 49 da LRF é cumprido pela Câmara Municipal e Secretaria Municipal de Finanças, colocando à disposição da população a prestação de contas (ou ao menos o Balanço Municipal), algo que também não acontece por estas bandas do Agreste e do Sertão; 3 - se a Lei Orgânica é cumprida, quando esta determina à Câmara Municipal colocar e informar à população que a prestação de contas lá se encontra e que essa população tem determinado prazo para manifestar-se sobre a mesma, antes que haja a remessa ao Tribunal de Contas e 4 - Se a Câmara daí cumpre o artigo 44, parte final, do Estatuto da Cidade, deixando de aprovar as leis orçamentárias que não tiveram as audiências públicas realizadas pelo Município.
Parabéns e obrigado.
José Paulo do Bomfim - Coordenação do FCOP-AL (82)9971-2016

SÃO JOSÉ DA TAPERA, CARNEIROS E SENADOR RUI PALMEIRA - PREFEITOS, EX-PREFEITO E VEREADOR SÃO PROCESSADOS POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Nesta Quinta-Feira (4), o Promotor de Justiça da Comarca de São José da Tapera, Luiz Tenório Oliveira de Almeida, protocolou Ações Civis de Responsabilidade por Atos de Improbidade Administrativa contra Geraldo Novais Agra Filho, conhecido por "NEGUINHO", prefeito do município de Carneiros, Siloé de Oliveira Moura, prefeito do município de Senador Rui Palmeira, José Antônio Cavalcante, ex-prefeito do município de São José da Tapera, e Paulo Sérgio Vieira Santos, conhecido por "Tarzan", empreiteiro e vereador de Carneiros, através das quais os acusam de terem, entre os anos de 2005 e 2008, fraudado vários processos licitatórios naqueles municípios sertanejos, mediante a utilização de "notas fiscais frias", se beneficiando de verbas públicas municipais.
Inicialmente, conforme já apurou o Ministério Público Estadual - MPE, durante aquele período, os procedimentos licitatórios naqueles municípios não passavam de "um jogo de cartas marcadas", onde os prefeitos de Carneiros, Senador Rui Palmeira e São José da Tapera, contando com a conivência dos integrantes das respectivas comissões de licitações, fraudaram licitações, apontando como vencedoras as empresas: Empreiteira Santos Ltda e Empreiteira Vieira Ltda, ambas, pertencentes ao empreiteiro "Tarzan.
Durante as investigações, ainda segundo o MPE, ficou evidenciado, naquele período, a ocorrência de um verdadeiro loteamento dos contratos celebrados à custa dos recursos dos municípios acima citados, posto que as duas empreiteiras envolvidas na fraude foram sistematicamente convidadas para participarem de certames licitatórios.
Deflagrava-se o processo licitatório, direcionava-se os convites para as referidas empresas e, como se não bastasse, as obras, ao invés de serem realizadas pelas mesmas, que eram sempre consideradas vencedoras, eram realizadas pelos próprios municípios, cabendo às mencionadas empresas, apenas, a emissão das "notas fiscais frias", a percepção dos valores e posterior rateio entre os fraudadores, afirmou o Promotor de Justiça Luiz Tenório, que aponta ainda que os prejuízos já identificados são na monta de R$ 273.501,70, no município de Carneiros, R$ 116.070,00, em Senador Rui palmeira, e R$ 115.520,00, em São José da Tapera.
As Ações Civis de Responsabilidade por Atos de Improbidade Administrativa agora propostas pelo MPE contra os prefeitos Neguinho e Siloé Moura, o ex-prefeito José Antônio e o vereador Tarzan, se originaram na Operação Primavera, realizada no município de Olho d'Água das Flores, quando, em razão de operações de busca e apreensão de documentos realizadas pelo GECOC na Prefeitura Municipal e nas sedes da Empreiteira Santos Ltda e da Empreiteira Vieira Ltda, foi descoberto um esquema idêntico de fraudes a processos licitatórios, mediante a emissão de notas fiscais frias, não só naquele município sertanejo, onde, comprovadamente, rendeu aos fraudadores o montante de R$ 2.5 mi, mas, também, no âmbito de dezenove outros municípios, dentre eles, Carneiros, Senador Rui palmeira e São José da Tapera.
Juntamente com as ações propostas contra os prefeitos de Carneiros e Senador Rui Palmeira, além do ex-prefeito de São José da Tapera e do vereador de Carneiros, o MPE, através do promotor Luiz Tenório, ainda propôs Ações Civis de Responsabilidade por Atos de Improbidade Administrativa contra Rejane Oliveira Silva Nascimento, "Rejane Moura" Secretária de Educação do Município de Senador Rui Palmeira, e Maria Lúcia Vilela Ferreira Agra, ex-Secretária de Educação e Cultura do Município de Carneiros, em razão das mesmas terem confeccionado documentos públicos falsos com a intenção de favorecer matrículas de candidatas aprovadas no ano de 2007 no vestibular da Universidade Aberta do Brasil - UAB, realizado em Olho d'Água das Flores.
Fonte:www.alagoasnanet.com.br

COLÔNIA LEOPOLDINA – PREFEITO E SECRETÁRIOS SÃO AFASTADOS DOS CARGOS POR DESVIO DE DINHEIRO ARRECADADO COM TAXAS MUNICIPAIS

O prefeito de Colônia Leopoldina, Cássio Alexandre, foi afastado do cargo por decisão judicial, após uma ação do Ministério Público Estadual (MPE), ofertada pelo promotor Jorge Bezerra.
O prefeito é acusado de desaparecer com cerca de R$125 mil dos cofres daquele Município, através de “caixa 2”, quando não informava à contabilidade daquele Município o recolhimento de recursos municipais.
Três secretários municipais também foram afastados. São eles: ex-prefeito Manuilson Andrade, Secretário de Finanças – apontado como o homem forte da Prefeitura. Ubiratan Montenegro, Secretário de Agricultura e Gilberto Sobreira, Secretário de Administração também foram afastados.
Segundo as investigações do MPE, o esquema de caixa 2 consistia na falta de registro da arrecadação de tributos no cofre de Colônia Leopoldina. O dinheiro era proveniente de taxas municipais cobradas pelo Município e pagas pelo uso da feira livre e do matadouro da cidade.
Além do cumprimento do afastamento do Prefeito e dos Secretários, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na Prefeitura.
Para o promotor Jorge Bezerra, a fraude vinha prejudicando a vida de milhares de moradores que são as principais vítimas pela “aparente” falta de recursos no Município. “Aparente” porque este FCOP-AL entende que não falta dinheiro para as atividades municipais realmente necessárias. Haveria constante desvio do dinheiro e a cultura da falta de planejamento, muitas vezes usada para fundamentar más gestões municipais.
A decisão foi tomada por um dos novos juízes estaduais, Yuli Rotter Maia.
O Prefeito e os Secretários poderão recorrer para o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), por intermédio de um recurso de Agravo de Instrumento, conforme um advogado ouvido pelo FCOP-AL
Fonte: com informações da Assessoria de Comunicação do MPE