E A PARTICIPAÇÃO DO ESTADO E DA UNIÃO
Naturalmente, além daquela conhecida de todos e de todas nós, que é o pagamento de tributos municipais, distritais, estaduais e federais.
Em valores e em percentuais o leitor ou a leitora perceberá quanto cada ente federativo contribuiu com os dinheiros arrecadados por Arapiraca de receitas correntes e de capital, considerando-se a capacidade que cada ente tem de criar e de cobrar tributos, que depois são compartilhados entre si.
Receitas |
Própria |
Transferências |
Estado |
União |
Correntes |
137.586.155,69 |
639.489.144,71 |
112.496.768,31 |
526.992.376,40 |
777.075.300,40 |
137.586.155,69 |
639.489.144,71 |
112.496.768,31 |
526.992.376,40 |
(100%) |
(17,71%) |
(82,29%) |
(14,47%) |
(67,82%) |
de Capital |
00,00 |
18.705.624,90 |
00,00 |
18.705.624,90 |
795.780.925,30 |
137586155,69 |
658.194.769,61 |
112.496.768,31 |
545.698.001,30 |
(100%) |
(12,46%) |
(87,54%) |
(7,96%) |
(79,58%) |
Por conseguinte, o Município Arapiraca, situado na Região Metropolitana do Agreste, formada por 20 municípios, tem a maior cidade do interior do Alagoas e em torno da qual giram também diversos outros municípios.
Quanto às origens dos
dinheiros que compõem a arrecadação total de Arapiraca, em 2021, você leitora ou leitor já leu nesta matéria.
Todavia, apenas a lê não é o mais importante, apesar do conhecimento adquirido.
O mais importante é ter a coragem de debater a referida prestação de contas municipal, mesmo que seja só o resumo dela, conhecido técnica e popularmente como Balanço Municipal.
Para comparação sobre o aumento
da arrecadação no seu montante final e da variação de quais valores aumentaram
ou diminuíram ou não existiram.
Lembra-se que cada município tem 3 fontes de arrecadação: Município, Estado e União. Isto se dá em razão do princípio tributário federativo da repartição das receitas tributarias.
Divisão que tem como intenção e objetivo combater as desigualdades socioeconômicas, entre as regiões, estados, municípios e Distrito Federal.
Na divisão, a União transfere dinheiro para os Estados-membros e para os municípios.
Já o Estado transfere para cada um de seus 102 municípios.
Nas duas situações, as quantias podem ser por determinado valor, fixo, ou em percentual do que arrecadou.
Os valores de tributos “próprios” vêm, por exemplo, da Cosip: R$24.140.177,32, do ISS: R$33.559.962,28, do IPTU:R$17.955.350,48 etc..
Os valores “transferidos” vêm do Estado – por exemplo – IPVA: R$22.094.904,75 e ICMS: R$64.652.263,57 etc..
Ou de fundos contábeis da União, formados pela soma de percentuais de um conjunto de tributos. Por exemplo - FPM: R$138.889.046,96, Fundef-Fundeb: R$167.349.078,70 ou FNDE: R$7.106.270,05.
A arrecadação de cada ente federativo tem origem nos tributos municipais, estaduais e nacionais que pagamos sem perceber, vez que são tributos indiretos ou embutidos no preço de cada produto, em sua maioria.
“Indiretos”, que compõem a injusta política fiscal brasileira, provocando um sistema fiscal regressivo.
Para uns, os montantes que formam a “arrecadação” de cada município é que sinalizam se eles são “ricos ou endinheirados” ou “empobrecidos ou sem recursos”.
Outros estudiosos dizem que o “núcleo da pujança(riqueza) municipal” é o montante da “renda própria”, em Arapiraca, em 2021: R$137.586.155,69.
Eis os dinheiros arrecadados pelo próprio município, com a cobrança dos tributos que os criou.
É a chamada “renda municipal” ou os reais “recursos próprios”, tão mencionados, mas sem se citar e comprovar os valores.
>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa)
Contatos - Imeio: fcopal@bol.com.br - Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – integrante do Foccopa
Data: 21-04-2021
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