domingo, 1 de setembro de 2013

QUEM NÃO CASSARIA DONADON, COM VOTO SECRETO E AUSÊNCIAS?



Alagoas tem 9 deputados nacionais. Se mantida a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), este Estado passará a ter 8 vagas. A redução do número de vagas na Câmara Nacional acirrou mais ainda a disputa pelo cargo.
No entanto, os comentários dessa semana não giraram em torno do político-eleitoral, mas do político-legislativo. A razão dessa mudança da temática foi a não-cassação do mandato do deputado nacional, por Rondônia, Natan Donadon, que cumpre pena em penitenciária do Distrito Federal, Brasília, a “Papuda’, por crimes contra a administração pública.
O tema saiu de Brasília, no distante Centro Oeste brasileiro, e deslocou-se para Alagoas, porque dois deputados nacionais deste Estado, João Lyra, PSD, e Renan Filho, PMDB, e uma deputada nacional, Rosinha da Adefal, (PT do P), não compareceram para votar naquela sessão, colaborando para uma suposta, mas certa não-cassação, considerando-se os cenários político-eleitoral e político-legislativo.
Acredito que os deputados citados não terão problemas com as respectivas ausências, até porque os eleitores deles nada mais do que isso esperavam, para verdadeiro ser.
Acredito problema terá a deputada. Ela terá que dar muitas explicações, pois não só o seu eleitorado, mas também a sociedade, como um todo, esperava a presença dela naquela sessão e o seu voto pela cassação.
Quase não tenho contanto com a deputada Rosinha. Mas com ela trabalhei durante muitos anos no Tribunal Regional do Trabalho, em Maceió. Posso dizer, então, que conheço grande partir do agir diário da Rosinha. Assim, dá para afirmar que ela, se tivesse comparecido à sessão, teria votada pela cassação.
Como não compareceu - e tenho certeza que não foi por alguma negociata, pagará caro pela não-cassação de Donadon, que colheu o resultado de secreta votação e de muitos pecadores cristãos.
Que a não-cassação apenas aparentou absurda,  ninguém - em uma sã análise, duvida - e, claramente, discorda. Até porque aparentes absurdos acontecem diariamente e são até elogiados.
Mas – sinceramente – alguém achava que haveria cassação de mandato em uma votação secreta?
Que todos os deputados e todas as deputadas presentes naquela sessão votaram pela cassação?
Dessarte, o mais estranho é que muitos “crítico” da não-cassação não-elegem candidaturas melhores e nada fazem – além da constante retórica – para realmente acontecer uma reforma política, com financiamento público das despesas da campanha-eleitoral, e principalmente com o voto aberto também para o eleitorado, que, como os nossos representantes, também não cassa os mandatos de muita gente, que “me ajuda”.
Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas (Foccopa)
Contatos: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim
Data: 29-08-2013, à noite.
Fonte: saite Congresso em Foco