Alagoas
tem 9 deputados nacionais. Se mantida a decisão do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), este Estado passará a ter 8 vagas. A
redução do número de vagas na Câmara Nacional acirrou mais ainda a disputa pelo
cargo.
No
entanto, os comentários dessa semana não giraram em torno do político-eleitoral,
mas do político-legislativo. A razão dessa mudança da temática foi a não-cassação
do mandato do deputado nacional, por Rondônia, Natan Donadon, que cumpre pena
em penitenciária do Distrito Federal, Brasília, a “Papuda’, por crimes contra a
administração pública.
O
tema saiu de Brasília, no distante Centro Oeste brasileiro, e deslocou-se para
Alagoas, porque dois deputados nacionais deste Estado, João Lyra, PSD, e Renan
Filho, PMDB, e uma deputada nacional, Rosinha da Adefal, (PT do P), não
compareceram para votar naquela sessão, colaborando para uma suposta, mas certa
não-cassação, considerando-se os cenários político-eleitoral e político-legislativo.
Acredito
que os deputados citados não terão problemas com as respectivas ausências, até
porque os eleitores deles nada mais do que isso esperavam, para verdadeiro ser.
Acredito
problema terá a deputada. Ela terá que dar muitas explicações, pois não só o
seu eleitorado, mas também a sociedade, como um todo, esperava a presença dela
naquela sessão e o seu voto pela cassação.
Quase
não tenho contanto com a deputada Rosinha. Mas com ela trabalhei durante muitos
anos no Tribunal Regional do Trabalho, em Maceió. Posso dizer, então, que
conheço grande partir do agir diário da Rosinha. Assim, dá para afirmar que ela,
se tivesse comparecido à sessão, teria votada pela cassação.
Como
não compareceu - e tenho certeza que não foi por alguma negociata, pagará caro
pela não-cassação de Donadon, que colheu o resultado de secreta votação e de
muitos pecadores cristãos.
Que
a não-cassação apenas aparentou absurda,
ninguém - em uma sã análise, duvida - e, claramente, discorda. Até
porque aparentes absurdos acontecem diariamente e são até elogiados.
Mas
– sinceramente – alguém achava que haveria cassação de mandato em uma votação
secreta?
Que
todos os deputados e todas as deputadas presentes naquela sessão votaram pela
cassação?
Dessarte,
o mais estranho é que muitos “crítico” da não-cassação não-elegem candidaturas melhores
e nada fazem – além da constante retórica – para realmente acontecer uma
reforma política, com financiamento público das despesas da campanha-eleitoral,
e principalmente com o voto aberto também para o eleitorado, que, como os nossos
representantes, também não cassa os mandatos de muita gente, que “me ajuda”.
Produção: Fórum de
Controle de Contas Públicas (Foccopa)
Contatos: fcopal@bol.com.br – Blogue:
fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim
Data: 29-08-2013, à
noite.
Fonte: saite Congresso
em Foco
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