quinta-feira, 12 de julho de 2012

Santana do Ipanema – NESTA FESTA DA JUVENTUDE MATAM MAIS PÉS-DE-PAU E NÃO SEI SE RETRUCIDARÃO O BUSTO HOMENAGEATÓRIO DE MATADOR, SEGUNDO ESCRITOS SOBRE CRIMINALIDADE ALAGOANA.


         Na 49ª edição da Festa da Juventude foi escrito “CUIDADO: TAMBÉM MATAM PÉS DE PAU NA FESTA DA JUVENTUDE”, que ao ser publicado em “www.alagoasnanet.com.br/portal/?pg=noticia&id=756”, gerou airosos e desairosos imeios e alguns comentários. Em um deles, a beldade – acredito - indagava-me mais ou menos na dimensão de “você quer acabar com a “festa” só porque “duas feias” árvores foram “decepadas"?”.
A partir d’ali, pensava que os notáveis indefesos arbustos sertanejos passariam a ser respeitados em seus direitos de viver, conviver e principalmente de produzir, como sempre quer o deus mercado, às escondidas de Deus - o criador - claro.
Ledo engano!
Pois no quiquagésimo festejo mais árvores são matadas e - como milhões de humanos homicidados – ficam expostas à visitação de entristecidos curiosos no próprio local dos assassinatos.
Daí, ontem, à noitezinha, ter sido provocado a ir ver os esqueletos das árvores, ainda verdejantes, e antes que fossem cremados, bem como os provocadores e imorais alguns camarotes a rodeá-los.
Chocou-me o quadro e tamanha violência!
E assaltou-me com uma primeira e forte dúvida: teriam sido praticados os velhos homicídios ou os recentíssimos femicídios?
O suposto azar de matados - vegetação, inclusive - é a conhecida omissão ou conivência do poder público. Ou até mesmo o próprio agir de quem foi eleita com o dever de defender as produtoras da fundamental fotossíntese, que purifica o ar para nossos empobrecidos pulmões, com a autorizada queima do venenoso gás carbônico.
A possível “sorte” das violentadas dependerá do comparecimento de algum Ibama, Ima ou mesmo alguma outra instituição, com a honrosa exceção do “I Me Lê”, que aja no sentido de preservar viventes e conviventes que têm produtos substanciais para a nossa curta e já ameaçada existência.
Como a matança acontecida há quase um ano, a atual poderá ficar impune, como em nada deu os assassinatos de muita gente alagoana, imagine punir a derrubada de árvores que teimavam em ficarem perto do divertimento de escolarizados e farristas de plantão.   
A menção aos aparentes inofensivos camarotes, intuo, decorre de recente escrito nesses termos “Arapiraca – Camarotes são frutos da criminosa corrupção, na dimensão do desfrute privado daquilo que seria de todos ou, no limite da decência, uma ofensa ao interesse público?”, com agradecida publicação em “www.alagoasnanet.com.br/portal/?pg=noticia&id=6330”, que noticia a sutil e reiterada apropriação de dinheiros municipais para o confortável divertimento de quem está apadrinhado no temporal exercício do poder e – claro - “aperreio” para quem paga as contas, o contribuinte-eleitorado.
Será que algum candidato às próximas eleições irá subir nos irregulares camarotes?
Ressalta-se que os gastos municipais com as “estruturas” de festejos, em forte disputa com pagamentos a serviços de terceiros, têm sido um dos principais sumidouros dos dinheiros municipais, mas a dimensão do sempre alegre circo faz com que poucos reclamem e mesmo tomem outras atitudes. E aí não existem institutos ambientais, mas os ramos dos ministérios públicos e até os sustentáculos das polícias, porque falar em Tribunal de Contas Estadual nessas bandas também já é demais.  
Por último, no local, verifiquei que a estátua do ex-prefeito santanense ainda não foi derrubada, mas corre forte perigo de ser (re)trucidado, como diz a placa ali posta, em razão de poder perturbar a “visão” de alguém importante.

>José Paulo do Bomfim – residente em São Sebastião, no Agreste, e trabalha em Santana do Ipanema, no Médio Sertão – com a família e amigos – e permissão de Deus Pai, vai estar na Festa da Juventude de 2012 - imeio: josepaulobomfim@bol.com.br


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