O Ministério Público de Contas ofereceu uma representação perante o
Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL) contra o prefeito do município
de Belo Monte, Antonio Avânio Feitosa e a primeira-dama, Maria Mônica Ribeiro
Tenório, em razão de indícios de fraudes em licitações realizadas nos anos de
2009 e 2010.
Além do prefeito e da primeira-dama, a representação atinge também o
assessor municipal Fernando Flávio Barbosa da Silva, o sócio da empresa 15 de
Novembro, em Arapiraca, José Aloísio Maurício Lira e a própria empresa.
Segundo informações do MPC, a medida foi adotada para que o Tribunal de
Contas Estadual fiscalize e analise se os expedientes utilizados para fraudar
licitações relacionadas à merenda escolar alcançaram outras licitações
realizadas em Belo Monte, causando prejuízos aos cofres públicos do município.
As licitações relacionadas à merenda escolar foram impugnadas por meio
de Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal, após operação
conjunta com a Controladoria-Geral da União e Polícia Federal.
Na representação, o MPC requer a realização de diversas diligências,
dentre elas, a realização de auditoria no município de Belo Monte e o
levantamento de todos os processos licitatórios envolvendo os demandados
durante o exercício 2009-2012.
Na tramitação do procedimento no TCE, o relator da referida representação é o Conselheiro Luiz Eustáquio Toledo
Na tramitação do procedimento no TCE, o relator da referida representação é o Conselheiro Luiz Eustáquio Toledo
. No entanto, em conversas com agentes comunitários de saúde daquele
município da região do Médio Sertão alagoano, localizado à margem do Rio São
Francisco, entre Batalha e Jacaré dos Homens, desconfiam que não haverá
punição, pois “eles são espertos para provocarem a prescrição” da punibilidade..
Como este Foccopa há muito informa, as fraudes nos procedimentos
licitatórios são o “carro chefe” dos desvios dos dinheiros municipais, pois
permitem força sob diversos aspectos os gastos públicos municipais.
Assim, é preciso que as lideranças dos vários segmentos sociais passem a
fazer o acompanhamento dos procedimentos licitatórios. È tarefa difícil e
constrangedora, mas fundamentalmente necessários, se se quiser tentar evitar os
inúmeros crimes contra a administração pública e também a improbidade
administrativa.
Redação: Paulo Bomfim
Fonte: Assessoria de Imprensa do MPC
Data: 14-11-2013
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