Segundo informações da Assessoria de Imprensa do MPE-AL, como você pode
ler abaixo, o inquérito civil público tem como objetivo apurar a deliberada não
atualização do portal da transparência municipal, em descumprimento da
respectiva legislação e, inclusive, da Recomendação Conjunta de instituições
fiscalizadoras.
“Se as demais promotorias de justiça atuarem também, logo muitas
prefeitos e mesas diretoras de câmaras municipais estarão respondendo a
investigações ministeriais”, disse o acadêmico de Direito Dimas Francisco, um
dos integrantes do Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas.
“Promotoria de Penedo instaura inquérito civil público para apurar supostas falhas em Portal da Transparência
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL),
por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Penedo, instaurou, nesta terça-feira
(7), inquérito civil público para investigar suposto ato de improbidade
administrativa cometido pela Prefeitura Municipal e pela Câmara Municipal de
Vereadores, que não estariam atualizando o Portal da Transparência do município
de modo adequado.
O vereador penedense Antônio Nelson Filho disse ao
MPE/AL que o prefeito Március Beltrão Siqueira e o presidente da Câmara,
Alcides Andrade Neto têm atrasado a atualização da página e a entrega de
relatórios bimestrais de execução orçamentária aos parlamentares, o que
contraria a Lei Orgânica de Penedo.
Ainda segundo o parlamentar, os chefes dos Poderes
Executivo e Legislativo também descumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal e a
Lei de Acesso à Informação ao deixar de repassar informações orçamentárias e
financeiras do município a interessados.
Caso a denúncia esteja correta, Prefeitura e Câmara
teriam deixado de atender à Recomendação Conjunta dos Ministérios Públicos
Estadual, Federal e de Contas, que trata da obrigatoriedade de implantação e
alimentação de Portal da Transparência nos municípios.
Para embasar a investigação, o promotor de Justiça
Adriano Jorge Correira solicitou aos dois poderes de Penedo o processo
licitatório e o contrato com a empresa responsável pela manutenção do portal da
transparência do município. Ele também pediu o histórico de atualizações do
referido portal referente aos anos de 2013 e 2014, além da Lei Orgânica
Municipal e o Regimento Interno da Câmara Municipal de Vereadores.
A depender do resultado do inquérito, o MPE/AL pode
ajuizar uma ação civil pública em desfavor do prefeito e dos componentes da
Mesa Diretora da Câmara Municipal por ato de improbidade administrativa.”
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