quinta-feira, 9 de outubro de 2014

JoaquimGomes2014-MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL E POLÍCIAS ALAGOANAS, CIVIL E MILITAR, PRENDEM 7 VEREADORES E 1 VEREADORA POR CORRUPÇÃO...



EM RAZÃO DA PRÁTICA DE ATOS CRIMINOSOS CONHECIDOS COMO MENSALINHO.

A expressão mensalinho ficou assim conhecida porque o parlamentares recebiam entre R$2 e F$4 mil para apoiarem o Prefeito daquele Município.


O Prefeito, inclusive, já está afastado do cargo, em razão da ação judicial em tramitação naquelas Promotoria de Justiça e Justiça Estadual.

A Promotoria de Justiça da Comarca de Joaquim Gomes e o Gecoc (Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas, e as polícias civil e militar alagoanas prenderam ontem 7 vereadores e uma vereadora.

Os mandados de prisão foram expedidos por decisão da Décima Sétima Vara Criminal de Maceió.


Os 8 parlamentares de Joaquim Gomes, um dos municípios mais empobrecidos de Alagoas, foram presos em plena sessão legislativa e conduzidos a Maceió para realizarem os exames de corpo de delito pelo Instituto Médico Legal (IML).


Segundo a matéria, um dos 7 vereadores presos ontem é o próprio escrivão da  Comarca de Joaquim Gomes.


A seguir leia a matéria divulgada à imprensa pela Assessoria de Comunicação do Ministério Público Estadual:    Operação do Gecoc e das Polícias Civil e Militar resulta na prisão de oito vereadores de Joaquim Gomes
Em operação comandada pela Promotoria de Justiça de Joaquim Gomes, pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) e pelas Polícias Civil e Militar, oito vereadores do município foram presos, nesta quarta-feira (8) acusados de receber dinheiro para integrarem a base aliada do prefeito afastado Antônio de Araújo Barros (PSDB), conhecido como "Toinho Batista". Agentes da Polícia Civil, Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope) e do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) deram cumprimento aos mandados de prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
A operação se deu durante a sessão plenária da Câmara de Vereadores de Joaquim Gomes e tinha como alvo os parlamentares Edivan Antônio da Silva, Antônio Gonzaga Filho, Edvaldo Alexandre da Silva Leite, Cícero Almeida Lira, Adriano Barros da Silva, Antônio Márcio Jerônimo da Silva, Antônio Emanuel de Albuquerque de Moraes Filho, o Maninho, e Tereza Cristina Oliveira de Almeida. O ex-secretário de Saúde do município, Ledson da Silva, também foi preso por intermediar o pagamento aos vereadores.
O promotor de Justiça Carlos Davi Lopes Correia Lima disse que as investigações começaram na primeira quinzena de setembro, quando o MPE/AL recebeu a denúncia de corrupção. “Descortinamos uma verdadeira organização criminosa composta por legisladores e integrantes do Executivo, que visava vender o apoio político à administração afastada em troca de uma quantia mensal, no valor de R$ 2 a 4 mil”, explicou o promotor.
O coordenador do Gecoc, promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça, revela que, entre as provas que motivaram o pedido de prisão cautelar à Justiça, encontra-se um vídeo no qual mostra os vereadores recebendo dinheiro do ex-secretário de Saúde. “Eles recebiam uma espécie de 'mensalinho' para apoiar as ações do governo municipal e não efetivar a fiscalização devida”, destacou.
"Essa operação foi realizada em parceria graças a boa relação entre a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual de Alagoas, que, unidos, irmanam-se no combate contra a corrupção e o crime organizado. E em breve, esse trabalho será reforçado com a inauguração do laboratório de combate à lavagem de dinheiro, que a PC fará questão de compartilhá-lo com as instituições parceiras. Mais uma aliança em desfavor do crime", completou o delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Reis.
Propina
No vídeo registrado por uma câmera escondida dentro do veículo utilizado por Ledson da Silva, o primeiro a aparecer é Edivan Antônio, que também trabalha como escrivão do Fórum de Joaquim Gomes . O vereador é filmado recebendo uma quantia de dinheiro e, em seguida, cobrando a parte de Adriano Barros e Antônio Márcio (veja o vídeo aqui).
Também foram registrados os momentos em que o ex-gestor repassava o pagamento em espécie ao presidente da Câmara, Antônio Gonzaga Filho (veja o vídeo aqui), e aos vereadores Edvaldo Alexandre e Cicero Lira. Já Antônio Emanuel de Albuquerque e Tereza Cristina Oliveira receberiam dinheiro durante um encontro realizado em Maceió. “Todo mundo que tem acordo pega”, revela o representante da Prefeitura Municipal no vídeo.
Além dos promotores de Justiça Carlo Davi Lopes, Alfredo Gaspar, Antônio Luiz e Hamilton Carneiro, o delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Reis, também liderou a operação. Todos os presos foram conduzidos ao Instituto Médico Legal de Maceió para exame de corpo de delito.

Um comentário:

  1. É PRECISO NÃO ESQUECER QUE O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO É ABSURDAMENTE OMISSO E PARECE CONIVENTE COM ESSAS IRREGULARIDADES.
    É O TCE-AL QUE EMITE PARECER PRÉVIO SOBRE AS CONTAS DE GOVERNO, AS REFERENTES À PRESTAÇÃO DE CONTAS DE TODO O MUNICÍPIO, E JULGA AS CONTAS DE GESTÃO, AS DA MESAS DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL, POR EXEMPLO, E DOS INSTITUTOS PREVIDENCIÁRIOS.
    TODAS AS IRREGULARIDADES APONTADAS EM JOAQUIM GOMES E NOS DEMAIS MUNICÍPIOS SÃO CONHECIDAS DE TODAS AS INSTITUIÇÕES E COMENTADAS ABERTAMENTE.
    O TCE-AL NÃO SE PRONUNCIA POR QUÊ?
    A MAIORIA DOS CONSELHEIROS E CONSELHEIRAS NÃO ESTARIAM TAMBÉM PRATICANDO IRREGULARIDADES?

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