No mês passado foi realizado em
Porto Calvo o 14ºCom (XIV Curso de Noções sobre Orçamento Municipal), no auditório
do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Assalariadas Rurais de Porto
Calvo.
Como nas anteriores edições de cada Com, um dos temas mais debatidos
é a Cosip, em virtude do seu alto custo e nem sempre da prestação do serviço
correspondente, a boa ou até nenhuma iluminação pública.
A Cosip(Contribuição sobre os
Serviços de Iluminação Pública) é um tributo direto criado e cobrado pelo
município, após o prefeito e os vereadores aprovarem uma lei municipal. Esse tributo
municipal não é criado e cobrado pela Ceal, como muita gente pensa.
A cobrança municipal
da Cosip é incluída na “conta de luz” em razão de convênio também aprovado pelo
prefeito e pelos vereadores. Basicamente, são duas as razões do convênio.
Evitar a sonegação e facilitar a respectiva cobrança.
De logo, na tabela abaixo, você
pode analisar quanto cada município arrecadou, em 2018. Ou, então, questionar o
porquê da intransparência ou da falta de prestação de contas específica e clara
sobre o montante arrecadado, como outros municípios fizeram.
Município
|
Montante
|
Porto Calvo
|
Intransparência
|
Japaratinga
|
Intransparência
|
Maragogi
|
739.830,45
|
Jacuípe
|
Intransparência
|
Campestre
|
Intransparência
|
Jundiá
|
Intransparência
|
Porto de Pedras
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512.305,80
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Matriz de Camaragibe
|
Intransparência
|
Passos de Camaragibe
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241.229,65
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São Luiz do Quitunde
|
Intransparência
|
São Miguel dos Milagres
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Intransparência
|
Barra de Santo Antônio
|
Intransparência
|
Paripueira
|
Intransparência
|
Maceió
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88.781.816,23
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Flexeiras - de 2013 a 2018
|
Inexistentes
|
Analisadas a informações existentes
no Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais), as pessoas
participantes do 14ºCom tiveram surpresas. A 1ª foi a alta arrecadação da Cosip
que todos os municípios têm, mas que não a divulga à sociedade e nem mesmo ao
contribuinte municipal.
A Cosip é um tributo direito e é cobrado por cada município
e câmara em alto percentual, usando-se com instrumento de recebimento a fatura de energia elétrica da cada mês, sem que haja concreta atitude de combate à “extorsão”, como
disse um dos participantes.
A 2ª surpresa foi a intransparência
que a maioria dos municípios da área entre a BR-101 e a AL-101 Norte, a partir
de Maceio, demonstraram praticar.
“Por quê?”, eis a pergunta mais ouvida. Na
respectiva DCA (Declaração de Contas Anual) também há ausências de informações,
como a sobre a arrecadação da Cosip, e inconsistências que sinalizam para a não
veracidade ou para o esconder das informações ou mesmo para “alguma estranha
montagem”.
Bem, “talvez esses fatos já expliquem o porquê do empobrecimento da
população que vive, convive e sobrevive naquela região”, disse um dos
sindicalistas presentes.
Muito estranhou-se o Tribunal de
Contas Estadual não publicizar essas situações e não divulgar à sociedade cada
parecer prévio. Estaria cada prestação de contas correta?
>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas -
Foccopa-AL
Contatos - Imeio:fcopal@bol.com.br - Blogue: fcopal.blogspot.comRedação Paulo Bomfim (Conselheiro Municipal de Controle Social
Fontes: Secretaria do Tesouro Nacional, Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União
Datas: 21 de abril (Dia de Tiradentes) de 2019 e atualizado em 1º de dezembro (Dia Internacional da Luta Contra a AIDS) de 2019
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