EXECUTIVA E LEGISLATIVA
Quando o Foccopa preparava a realização
das atividades do 14º Com
(Curso de Orçamento Municipal), naturalmente em dimensões de noções, em razão
da pequena carga horária, verificamos que o Portal da Transparência
Legislativa, apesar de existir, como na maioria dos municípios alagoanos, é muito
deficiente ou inexistentes.
Não atende as exigências da
legislação de transparência, podendo a Presidência do Legislativo, das diversas
legislaturas, responder por possíveis práticas de atos de improbidade administrativa
e por crime de responsabilidade ou mesmo algum outro ilícito.
Os portais, infelizmente, são “um
faz de conta”. Mas...
O mais estranho é que partidos,
associações, sindicatos, igrejas, ongs, grêmios estudantis, universitários,
conselheiros municipais, ou mesmo alguma liderança que atua individualmente não
publica e não publiciza essas irregularidades.
Aliás, muitos sequer sabem da
existência de cada Portal ou debate sobre os mesmos. Além dos conhecidos
descasos para com a população das diversas gestões, o empobrecimento e o quase
completo desamparo da população, decorrem das omissões e dos silêncios desses
segmentos sociais.
Esses temas e debates precisam
ser feitos. Especialmente, nesse ano pré-eleitoral e no ano eleitoral vindouro
no qual poderão surgir muitas pré-candidaturas ou mesmo as candidaturas que não
assumam e se comprometam com esse tema e esse debate, fundamentais para a destruição
das desigualdades sociais e da construção de melhores condições de vida naquele
Município da região Litoral Norte, de Alagoas, com acesso pela AL-101, Norte.
Aliás, divagando, o Município Porto
Calvo tem conteúdo histórico dos melhores que há no mundo. “Terra Calabar”.
Nele também viveu Zumbi dos Palmares. A ladeira o Alto da Forca, onde foi
garroteado Calabar. Praça Marco Zero ou “Praça dos Cavalos”. E também o
Hospital São Sebastião. Naquelas terras, se encontra, na Ilha do Guedes, esquecido
e desprezados pelas diversas autoridades locais, o Fortim Brass, construído por
holandeses no século XVII (1640), na “bacia” do Rio Manguaba. Ali aconteceu a
Batalha Comandatuba, luta muito importante para os holandeses. A Matriz de Nossa
Senhora da Apresentação. Porto do Calvo, local da chegada de embarcações.
Todos significativos momentos e monumentos históricos.
Ide conhecê-los!
De logo, os integrantes deste Fórum agradecem a Olivar, professor Valdomiro, Amadeu Machado, Juvenal, Alemão, João Tenório, Auricélio, Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Rurais, Amaro Berto e Sargento Moura, e demais pessoas que de alguma forma colaboram prá realização do 14º Com e, especialmente, a oportunidade de conhecer um pouco da rica história do Município Porto Calvo.
Voltando às intransparências reinantes, por exemplo, em 2019, só havia no Portal da Transparência Legislativo informações sobre 4 leis municipais e nenhuma delas de iniciativa do legislativo. Também nenhum projeto estava em tramitação.
Todos significativos momentos e monumentos históricos.
Ide conhecê-los!
De logo, os integrantes deste Fórum agradecem a Olivar, professor Valdomiro, Amadeu Machado, Juvenal, Alemão, João Tenório, Auricélio, Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Rurais, Amaro Berto e Sargento Moura, e demais pessoas que de alguma forma colaboram prá realização do 14º Com e, especialmente, a oportunidade de conhecer um pouco da rica história do Município Porto Calvo.
Voltando às intransparências reinantes, por exemplo, em 2019, só havia no Portal da Transparência Legislativo informações sobre 4 leis municipais e nenhuma delas de iniciativa do legislativo. Também nenhum projeto estava em tramitação.
Também não existem informações
sobre todas as leis municipais. Apesar de haver no Portal a Lei Orgânica
Municipal e o Regimento Interno da Câmara, não há informações se são documentos
atualizados.
Sobre licitações, nenhuma
informação. Como o dinheiro legislativo é gasto, então? Quanto foi pago de
energia elétrica, água; material de expediente, viagens etc..
Não há prestação de contas ou os sintéticos balancetes mensais ou balanços anuais. Em 2018, as movimentações financeiras foram, da Câmara: R$1.394.987,03, e do Município: R$86.625.533,52, segundo informações obtidas na página do TCE (Tribunal de Contas Estadual) na internete.
Não há prestação de contas ou os sintéticos balancetes mensais ou balanços anuais. Em 2018, as movimentações financeiras foram, da Câmara: R$1.394.987,03, e do Município: R$86.625.533,52, segundo informações obtidas na página do TCE (Tribunal de Contas Estadual) na internete.
Segundo o retrorreferido Portal,
são 2 vereadoras. Mas não foi localizado nenhum documento ou nenhuma ação
específica para melhoria das condições das mulheres, que já sabíamos, mas
constatamos presencialmente, quando das idas de preparação do Com.
Assustadoras as precariedades
em que vive, convive ou sobrevive a grande maioria das mulheres portocalvenses.
Em um Município com muito dinheiro, até que se prove o contrário.
Como positivo, encontramos a
indicação nº05-2019, de autoria da vereadora Maria do Rosário (“Zai”), que
trata dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) dos trabalhadores e das
trabalhadoras na limpeza pública (Garis), além da vacinação deles e delas.
Também a indicação nº08-2019.
Sua excelência informa que o “Projeto de Lei Nº52 de 11 de Novembro de 1958” (não
há informação se o projeto foi aprovado, que seria, então, lei) instituiria “uma
gratificação mensal a cada membro da Banda 7 de Setembro”. Mas que componentes
da Banda 7 de Setembro não tinham dinheiro para “conserto e compra de seu
instrumental”, e claro, então, uniforme para apresentação. A referida Indicação
informa ainda que a Secretaria da Cultura daquele histórico Município dispunha,
segundo o Orçamento Municipal de 2019, de “R$1.157.784,63”.
Muito dinheiro!
Muito dinheiro!
Não há informações sobre o
atendimento das indicações ou não e nem há balancetes municipais no Portal de
Transparência do Município para saber quanto dinheiro foi empregado com a Banda,
até porque o dinheiro aprovado pelo parlamento não é pouco. Como os mais de R$1
milhão e R$157 mil foram gastos, ficam os questionamentos?
O montante de 2018 e suas
diversas divisões são objetos de outros textos, que, como, este serão
distribuídos a participantes do evento. Em razão do pequeno tempo e da falta de
dinheiro para tal, não será apresentada, com antecedência, a amostra ExpoContas
Municipais, que é uma importante atividade do Com.
Atualização
– A legislação orçamentária não está nos portais de transparência da Câmara ou
do Município. Nem a de 2019 e nem a de 2020. Nessa data, recebemos uma
pergunta de liderança portocalvense sobre como verificar os montantes do
dinheiro repassados ao Município para enfretamento das ações contra o coronavírus
e a convid-19 pelo governo nacional, bem como eles foram utilizados?
Os
milhões repassados devem estar informados e bem expostos no Portal de Transparência
Municipal, inclusive com informação específica e individualizada sobre as ações
de combate à pandemia. Infelizmente, segundo a informação recebida, o portal municipal
continua intransparente.
Este
Foccopa, então, orienta obter as informações na Secretaria de Saúde ou de Finanças
o mesmo na Câmara, que a cada mês recebe o balancete municipal. Se as informações
não forem prestadas, deve-se comunicar à Promotoria de Justiça da Comarca e ao
Ministério Público de Contas, em Maceió.
No
grupo de zap do 14ºCom, há informações sobre 3 repasses extras para Porto Calvo, que este
Foccopa tem conhecimento. São repasses para Porto Calvo e também para todos os demais municípios
alagoanos.
Em
08-04-2020, foram repassados: R$500.000,00,
conforme edição extra do Diário Oficial da União. 1º repasse.
Em
04-05-2020, foram repassados: R$2.841314,69,
segundo informações do Senado na internete. 2º repasse.
Em
28-05-2020, foram repassados: R$2.660.851,49,
segundo a conceituada jornalista Vanessa Alencar, no portal Cada Minuto. 3º repasse.
Para
esclarecer, os repasses normais, feitos mês a mês, até maio-2020, somaram: R$5.655.637,26, segundo o
Ministério da Saúde.
Não
naturalmente, claro, os repasses não são comentados e informados à população,
vez que o Município e a própria Câmara não praticam a transparência ativa.
Produção:
Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas
Contatos
– Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue:
fcopal.blogspot.comRedação: Paulo Bomfim
Data: 01-11-2019; atualização: 27-06-2020
Com a publicização deste texto, de logo, surgiu uma pergunta de Colônia Leopoldina sobre “o que seria transparência ativa”?
ResponderExcluirA expressão “transparência ativa” é a obrigação jurídica e político-administrativa que o prefeito ou a presidência da Câmara – e mesmo cada vereador ou cada vereadora - tem de divulgar todas as informações e documentos municipais ou legislativos no respectivo portal de transparência, em “tempo real”, inclusive, bem como em linguagem acessível à maioria das pessoas.
As constituições nacional, estadual e municipal (também conhecida por lei orgânica municipal), além de diversas leis, impõem esse dever a cada prefeito e a cada presidente da Câmara.
O Foccopa agradece o questionamento e espera ter respondido a pergunta.
Ademais, o Município Colônia Leopoldina está localizado na região Mata Norte de Alagoas, no Vale do Rio Jacuípe, que, recentemente, em cheia retomou o seu normal “leito”, no conhecido Polígono da Guerra dos Cabanos. Apesar dos muitos dinheiros para aquela região destinados por todo o Brasil, “No Vale do Rio Jacuípe, estão presentes os mais baixos índices de desenvolvimento humano do Estado de Alagoas que insistem em permanecer”.
Por fim, agradecemos ao amigo Buarque Junior, de Campestre, o livro da Academia de Cultura de Colônia Leopoldina (ACCL).