sexta-feira, 8 de julho de 2022

ADMINISTRAÇÕES DE PENOSA DESQUALIDADE

Há bastante tempos o Foccopa publiciza a desqualidade das administrações municipais. Desqualidades que abrangem diversos aspectos do político-administrativos ou do político-legislativos.

Por esta tabela a leitora ou o leitor ficará sabendo do ICF (Índice da Qualidade Contábil e Fiscal no Siconfi) e da posição nacional que determinado município ocupa entre os 5.570 municípios brasileiros, conforme ranking da STN (Secretaria do Tesouro Nacional).

Com a publicação e a publicização da classificação de cada município muitos gestores e legisladores municipais ficarão bem preocupados e mesmo “até envergonhados”.

Municípios

ICF %

Posição

Delmiro Gouveia

74,5%

3.867ª

São Sebastião

11,8%

5.502ª

Olho d’Água das Flores

51,5%

5.222ª

Arapiraca

90,8%

1.007ª

Carneiros

60,6%

5.072ª

Limoeiro Anadia

46,9%

5.243ª

Maravilha

72,0%

4.204ª

Santana do Ipanema

73,8%

3.963ª

Santa Luzia do Norte

64,3%

4.903%

Monteirópolis

21,5%

5.453ª

Senador Rui Palmeira

11,4%

5.508ª

Coruripe

24,2%

5.431ª

Piranhas

30,9%

5.355ª

Todavia, parece que a desqualidade não gera nenhuma preocupação para prefeitos ou para vereadoras e vereadores. Na avaliação de 2022, a STN informa que o estado dos fatos continua e está muito ruim.

Por quê?

“Estado dos fatos” que causa desigualdades socioeconômicas, empobrecimento e forte sofrimento à população.

Durante a 6ª edição do Curso de Noções sobre Seguridade Social, que está sendo realizado todas as noites de quintas-feiras, virtualmente, participantes que moram ou trabalham nos municípios acima citados tomam ciência e debatem a situação de descaso. 

Descaso que causa enormes prejuízos a toda a população nas ações e nos serviços da seguridade social, abrangendo a previdência, a saúde e a assistência. 

A avaliação da STN envolve as ações de Gestão da Informação, Informações Contábeis, Informações Fiscais e Informações Contábeis x Informações Fiscais.

O Ranking de Qualidade da Informação Contábil e Fiscal no Siconfi, Edição de 2022, demonstra a penosa desqualidade administrativa e legislativa dos 102 municípios alagoanos, sendo que o melhor posicionado é Arapiraca, mas que figura em 1.007ª, nacionalmente, com ICF de 90,8%, entre os 5.570 municípios brasileiros, em um ICF que poderá variar de “0” a 100%, como Ibiraiaras, no Rio Grande do Sul, que se classificou em 1ª colocação e produz muita batata.


>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas
Contatos – Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccopa
Datas: 02-07 de 2022

Um comentário:

  1. PENOSA DESQUALIDADE – PERGUNTA?
    “Por que notas e classificação tão baixas?”, eis uma das perguntas que a mim, Paulo Bomfim, chegou.
    A matéria que gerou a pergunta pode ser lida e impressa em - http://onguedeolho.blogspot.com/2022/07/sao-sebastiao-penosa-desqualidade.html
    Realmente são baixíssimas e não sei explicar bem. Mas desconfio que seja o silêncio da mídia grande e, inclusive, da comunitária. Mas também de partidos políticos e demais segmentos sociais.
    Inclusive, quem fez a pergunta, com toda a nossa consideração, não a fez no grupo de zap ou por comentário na matéria, do blogue. Realmente... É muito difícil fazer o enfrentamento, até porque são muitos que usam mal os dinheiros municipais.
    Sempre temos tocado nessa pereba, que é o estrondoso silêncio de muita gente, por motivação variada.
    Mas para quem tenta acompanhar os debates em cada município sobre a construção do ciclo orçamentário – ou da divisão dos dinheiros, a prestação de contas, o balanço municipal e o de cada câmara, as intransparências, as omissões dos mais diversos conselhos, inclusive a não ação de conselheiros(as) de transparência etc. – enfim as más gestões e legislaturas municipais - sabe que não seriam possíveis melhores notas e colocações.
    O empobrecimento e o sofrimento da população alagoana em geral decorrem das más ações político-administrativa e político-legislativas, e principalmente das omissões de cada um ou uma de nós.
    Concretamente, respondendo à pergunta (o que agradecemos), as baixíssimas notas e colocações dos municípios alagoanos e do próprio Estado não são obras do acaso. Notas e colocações são produtos das ações ou das omissões que procuram esconder a incorreta utilização dos muitos dinheiros municipais ou dos “recursos próprios”.

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