segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

VENDAS DOS SERVIÇOS D’ÁGUA, SANEAMENTO E ESGOTAMENTO

 PRECISAM SER COMBATIDAS


E TAMBÉM BUSCADA A
REESTATIZAÇÃO MUNICIPAL DELES.

Como já muito noticiado, os serviços de abastecimento d’água, de saneamento e de esgoto estão sendo vendidos para empresas privadas.

Em andamento, então, a privatização e já há um bom tempo. Praticamente de forma silenciosa, por prefeitos e por parlamentares municipais.

Mas também contando com a conivência de muitos que poderiam debater essa péssima situação, especialmente prefeitos ou prefeitas e vereadores e vereadoras de todos os 102 municípios alagoanos.

Além do silêncio, também não há prestações de contas sobre o que foi realmente feito com os milhões dessas vendas e ainda há o “esquartejamento” das empresas privadas que compraram a butija em 74 municípios e irão comprar nos demais 28.

PARA NÃO SE DEIXAR ILUDIR, SE POSSÍVEL, LEIA também: 

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/06/privatizacao-ou-venda-dos-servicos.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/06/audiencia-publica-para-privatizacao-dos.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2020/10/m2020-privatizacao-precarizara-os.html

Em resumo, quando tentaram vender os bens municipais de 28 municípios, que ainda não haviam vendido ou privatizado os mencionados lucrativos serviços, formou-se às pressas e precariamente o MA² (Movimento Antiprivatização (ou Antivenda) da Água, que, como lestes nos conteúdos acima indicados, publicizou os fatos para cada povo e para a população em geral.

Essa atitude do MA², mais as irregularidades existentes nos procedimentos das vendas referentes aos 28 municípios, levaram ao adiamento das referidas últimas vendas.

Daí, o MA² viajou por 22 municípios e constatou que a privatização ou a venda produziram os aumentos da conta d’água, aumentos da própria falta d’água e piora da qualidade da mesma, e a criação de tarifas de saneamento inexistente ou sem-funcionamento.

Então, nessas últimas eleições, o MA² reforçou as lutas pela não-venda dos serviços nos 28 municípios e pela reestatização deles nos demais 74, que já haviam vendido.

Estranhamente, em praticamente todos os municípios e até mesmo as candidaturas das oposições eleitorais, emudeceram sobre essa grave questão e sobre a solução da mesma. 

Mas a população também não debateu a questão, sob o prisma da política, e até votou em candidaturas favoráveis à venda.

O descaso para com a população realmente é grande. Mas ela também ficou e fica apenas nas poucas manifestações sob o prisma e a qualidade de consumidora.

O MA², inclusive, constatou que em cerca de 3 municípios pessoas diziam que a água estava faltando há mais de 15 dias e essa falta era constante. Mas as contas d’água chegavam com muita tranquilidade e “desrespeito” às empobrecidas famílias consumidoras.

Aliás, eis questões bastante antigas e conhecidas:

-  https://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/siope-sem-informacoes-de.html

- https://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/batalha-suas-estranhezas-orcamentarias.html

- https://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/sao-bras-sem-rrgf.html

- https://fcopal.blogspot.com/2024/11/1-audiencia-virtual-com-o-nudepat.html

Em 9 de dezembro, o MA² recebeu contatos dos municípios: Colônia Leopoldina, Porto Calvo e Branquinha, informando e indagando de o por que a conta d’água ter aumentado cerca de 5%?

Em 12 de dezembro, quando participava do Fóruns dos Conselhos de Participação Social, o MA² voltou a receber semelhantes questionamento dos municípios: Tanque d’Arca, Feliz Deserto, São Luís do Quitunde, Paulo Jacinto e Joaquim Gomes.

Em 13 de dezembro, durante a 1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Agreste Alagoano, no Ifal, campus Arapiraca, os questionamentos a respeito da falta d’água e do aumento do valor dela vieram dos municípios Taquarana, Marimbondo e Anadia.

Então, a resposta de o por que a conta d’água ou a fatura dela ter aumentado é aparentemente simples. Porque Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas - https://arsal.al.gov.br) autorizou.

Eita!

Ao menos essa é a informação divulgada, via internete, pelo portal  SE7E Segundos, em matéria de Felipe Ferreira, que pode ser lida em https://www.7segundos.com.br/maceio/noticias/2024/11/08/262766-transporte-intermunicipal-agua-e-esgoto-ficam-mais-caro-a-partir-de-dezembro-veja-os-detalhes.

Mas realmente há algo de estranhezas.

Por que a Arsal, aparentemente, não fiscaliza se há fornecimento contínuo de água e se ela é de boa qualidade para consumidoras e consumidores?

Assim, há fortes indícios de o porquê dos mais diversos ódios sobre o nosso patrimônio, chamado despolitizadamente de “patrimônio público”, quando a dimensão dele atende a toda a comunidade.

Triste moral da história:

O Estado que penaliza, aumentando o preço da água e dos inexistentes ou sem-funcionamento esgotos ou saneamentos básicos para as empobrecidas famílias, é o mesmo que não fomenta um bom fornecimento d’água e não fiscaliza a qualidade da respectiva prestação de serviços, essenciais à sofrida população.


>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais em Alagoas – Foccomal
Contatos – Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccomal e do MA²

Nenhum comentário:

Postar um comentário