segunda-feira, 21 de abril de 2025

Dívidas - OS DINHEIROS NACIONAIS PRA AONDE VÃO?

 PRÁ DÍVIDAS PÚBLICAS

Nas atividades das edições do Com (Curso de Noções sobre Orçamento Municipal e Controle Social Popular), há um consenso de que pagamos muitos tributos. 

Até porque a imprensa grande, atendendo a interesses de ricaços ou super-ricos, sempre ressalta isso, até dizendo “que o Brasil é o país onde mais se paga impostos no mundo”.

Mas... Qual a verdade mesmo?

No entanto, estranhamente, pouquíssimo se fala sobre quem realmente mais paga tributos no Brasil. 

Também há quase um completo silêncio sobre os destinos do conjunto dos dinheiros da arrecadação dos muitos tributos que nós pagamos: impostos, taxas e contribuições. São trilhões de reais.

O empobrecido povo é quem mais paga mesmo? 

Por quê?

Assim, com aquelas menções e com estas omissões, manipulam-se as informações e as notícias. 

Desinforma-se à sociedade em geral, fazendo muita gente ficar “achando” algum erro, mas sem sugestão para e como consertar. 

Se fala, então, em reforma tributária. Mas que tipo de reforma? 

Será a que interessa a população?

Nesse 2020, o Brasil terá uma arrecadação (“um orçamento”) aprovada pelo Congresso Nacional de R$3 trilhões, R$565 Bilhões, R$520 milhões, R$100 mil, R$068 reais e R$00 centavos. 

Em números: R$3.565.520.100.068,00.

Como mais de R$3 tri e meio foram ou serão gastos? A quem beneficiaram ou beneficiarão?  

Quem ficará nos silenciados e constantes prejuízos?

Se bem gastos, esses trilhões, bilhões, milhões, mil, reais e centavos dariam melhores condições e vidas dignas à população?

Como respostas, podem ser dadas diversas informações sobre os destinos dos dinheiros desta nação. Por conseguinte, ficaremos com um desses diversos aspectos: o ótimo gráfico em pizza da Auditoria Cidadã da Dívida.

O gráfico é referente aos destinos dos dinheiros, em 2018 e que poderá ser bem semelhante ao de 2019, quando este for elaborado, nesse 2020.

Inicialmente, o gráfico divide o bolo ou o montante da arrecadação em duas partes.

Um taco é o das dívidas públicas e o outro pedaço é o para todos os demais gastos do País, inclusive o seu remédio e a sua aposentadoria. 

O silenciado e omitido tacão - ou 40,66% da arrecadação de 2018 - foi para as também silenciadas e omitidas dívidas públicas. Internas e Externas? 

Os demais 59,34% são para todos os demais gastos e investimento no País.

Vejamos eles em valores e em percentuais:

Orçamento Geral da União

3.565.520.100,068,00

 (+) 100,00%

Dívidas   (juros e amortização)

1.449.740.472.687,65

(-)   40,66%

Todos demais gastos do Brasil

2.115.779.627.380,35

(+)  59,34%

 Analise que quase a metade(40,66%) dos nossos dinheiros foi para “os rentistas” ou credores de uns duvidosos ou fraudados créditos. 

Portanto, a injustiça ou a justiça dessas dívidas públicas devem ser debatidas por todos e todas nós. E nos colocarmos a favor da realização de uma séria auditória. No nosso País, temos técnicas e técnicos para isto.  

Nos montantes de cada dívida, algo parece muito errado, apesar das idades e das origens das dívidas, que podem ser externas ou internas e sempre prejudicar a milhões de pessoas.

A parte que sobrou, 59,34%, são dinheiros que ficam no Brasil, "recursos internos", dizem. 

Em 2018, para todas as demais necessidade internas, 24,48% - ou o maior gasto interno - é para pagamentos de diversos beneficiários da Previdência Social. 

Ao contrário, o montante maior (40,66%) é engolido pelas dívidas públicas, que muito enriquecem a poucas pessoas. 

São dívidas especulativas! 

Lembra-se que todo o montante desses 'gastos do INSS' vai para variados consumos de milhões de famílias protegidas ou “seguradas” pela Previdência Social e, por conseguinte, vão gerar mais tributos (impostos, taxas e contribuições) para o Brasil. 

24,48% são créditos previdenciários para quem pagou a Previdência Social durante muitos anos, de forma obrigatória ou facultativa. 

Todavia, o montante dos 40,66% vai para os (re)enriquecimentos de poucas pessoas super-ricas, no Brasil e nos estrangeiros.  

Todos demais gastos do Brasil

2.115.779.627.380,35

(+)  59,34%

Previdência Social (INSS)

517.942.852.782,71

(-)  24,48%

Demais gastos, exceto o INSS

1.597.836.774.597,64

(+) 34,86%

Nestas 2 planilhas e nestas 2 divisões se pode ir percebendo os destinos dos nossos dinheiros. 

Despolitizantemente, chamados de “recursos públicos” para que a gente não dê importância aos destinos dos nossos próprios dinheiros. Dos tributos que pagamos.

No entanto, você pode visitar a página da Auditoria Cidadã da Dívida na internete, no seguinte endereço: https://auditoriacidada.org.br (ACD).

Na página da ACD você poderá ler vários conteúdos sobre as dívidas públicas (de 26 Estados; da União; de 5.570 municípios; e do Distrito Federal), além de consultar e de refletir sobre as informações do gráfico em pizza ali exposto. 

No próximo texto, continuaremos demonstrando as demais redivisões e os demais gastos, como: saúde, educação, assistência social, agricultura, segurança pública, habitação, saneamento básico, trabalho, saneamento ambiental, cultura, meio ambiente, transporte, eletrificação etc..

São tantos...

Mas...Tanto mesmo e tantas lutas também!

Atual reatualização: analise também o gráfico em pizza dos montantes e dos percentuais dos gastos do exercício de 2024 (https://onguedeolho.blogspot.com/2025/05/sao-sebastiao2024-arrecadacao-total.html). 

Prá provocar!

Por quê?... 

Observe que, mesmo no Governo Lula (“com fraude e tudo”, como disse um estranho e desinformado bolsonarista), o montante dos gastos do INSS diminuiu (21,16%) e o dos gastos com as dívidas públicas aumentou (42,96%).

Pensastes o quê?

LEIA TAMBÉMDÍVIDAS-PÚBLICAS (DP) BRASILEIRAS, verificando no endereço virtual:  https://fcopal.blogspot.com/2010/05/dividas-publicasdp-brasileiras.html


>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais em Alagoas (Foccomal)
Contatos - Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do anterior Foccopa e atual Foccomal
Datas: 13 de maio de 2018; 20 novembro de 2019, atualizado quando da aprovação do OGU de 2020

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