ESSA
COMPARAÇÃO ENTRE OS GASTOS FIXADOS PELA CÂMARA E OS REALIZADOS PELA PREFEITURA
DEMONSTRA QUE A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL CONTINUA A SER DESCUMPRIDA, MAS NÃO
RECEBE A DEVIDA FISCALIZAÇÃO DA CÂMARA, DOS PARTIDOS POLÍTICOS, DE SINDICATOS E
DE OUTRAS ENTIDADES CIVIS, E DA POPULAÇÃO EM GERAL, RESULTUANDO EM SOFRIMENTO PARA TODOS
E TODAS, E NOS PÉSSIMOS ÍNDICES SOCIOECÔNÔMICOS MUNICIPAIS, QUE TORNAM O POVO
EMPOBRECIDO E “PRESA FÁCIL” PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO-DEVER DE VOTAR.
Nestes tabela e
texto, o Foccopa costuma fazer uma análise comparativa entre o orçamento fixado
pela câmara e o orçamento cumprido (executado) pela prefeitura. Neles,
claramente, percebe-se o descumprimento da LOA (Lei Orçamentária Anual) e a
consentida – frise-se - perda do poder político do parlamento.
Os valores
mencionados na tabela foram obtidos na STN (Secretaria do Tesouro Nacional) e
na Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas. Poderão, então, sofrer
pequenas correções, quando os poderes municipais de Arapiraca possibilitarem o
real acesso às completas informações orçamentárias.
Com a palavra o TCE
(Tribunal de Contas Estadual e a PJC (Promotoria de Justiça da Comarca), bem
como o MPC (Ministério Público de Contas), para além da ação que cada liderança
popular deve assumir para ter acesso à divisão do “bolo” municipal e, assim,
fortemente contribuir para a melhoria da qualidade de vida daquela sofrida
população, construindo uma política de bem-estar social.
Tod@s temos culpa?
Mãos à obra,
então?!.
Gastos por funções de governo ou ação político-administrativa
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Verifique
a movimentação de valores
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2011
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2012
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Legislativa
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6.237.251,60
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7.725,115,17
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Judiciária
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69.929,16
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16.362,15
|
Essencial a Justiça
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0,00
|
00,00
|
Administração
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45.151.309,35
|
465.431,59
|
Defesa Nacional
|
26.643,36
|
20.015,28
|
Segurança Pública Municipal
|
0,00
|
00,00
|
Assistência Social
|
4.585.621,82
|
5.172,728,53
|
Previdência Social
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18.495.089,00
|
24.156.616,70
|
Saúde
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125.125.311,62
|
146.887.968,66
|
Trabalho
|
0,00
|
00,00
|
Educação
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81.419.683,44
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97.975.664,54
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Cultura
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1.505.002,91
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2.713.980,01
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Direitos da Cidadania
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15.023,89
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448.279,55
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Urbanismo
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28.900.702,56
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27.519.390,43
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Habitação
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1.564.608,61
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967.257,70
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Saneamento
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7.279.304,01
|
785,950,98
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Gestão Ambiental
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3.702.701,63
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2.734.454,85
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Agricultura
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2.198.610,05
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2.782.227,73
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Indústria
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416.901,04
|
396.388,05
|
Comércio e Serviços
|
30.360,28
|
20.245,85
|
Comunicações
|
0,00
|
00,00
|
Energia
|
0,00
|
00,00
|
Transporte
|
1.596.863,25
|
2.655.993,74
|
Desporto
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2.569.480,46
|
1.550.171,07
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Encargos Especiais (dívida municipal)
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1.884.482,27
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1.682.216,64
|
Neste caso não foi
possível fazer a mencionada comparação entre os créditos (dotações) fixados
pela Câmara, ainda em 2011, e os gastos efetuados (executados) pela Prefeitura,
em 2012, em virtude dos dois poderes municipais não promoverem e propiciarem o
acesso à LOA e ao BM (Balanço Municipal), mesmo quando interveio junto a
algumas lideranças populares, que afirmaram o completo descumprimento da
legislação da transparência administrativa pelo Município e pela Câmara.
Enfim, você não
pode fazer a comparação entre o aprovado pela Câmara e o executado pela
Prefeitura. No entanto, pode comparar os valores de 2011 e de 2012.
Como sabido, a LOA
é aprovada em um ano para ser cumprida no exercício seguinte. Como qualquer
outra lei, a LOA - ou simplesmente o “orçamento” deve ser cumprida. O gestor
municipal que não cumprir a LOA comete crime de responsabilidade, crime contra
a administração pública em geral e improbidade administrativa. Situação
político-jurídica que também atinge a governador e a presidente, como dispõem
as constituições, Nacional e Estadual, além da legislação “ordinária”.
No entanto,
gestores dos mais diversos partidos, tanto no poder executivo como no poder
legislativo, bem como em outras instituições públicas, não cumprem a LOA. Como
forma de fugirem à responsabilidade político-jurídica, dizem que a lei é apenas
uma norma “autorizativa” e não “obrigatória”, impositiva. Cuidado com as
falácias, posto que determinadas gestões não realizam nem o quê muitas leis
determinam, com a transparência da gestão, imagine o quê autorizam.
“Tanto é assim que
todos descumprem e nada acontece”, disse-nos um gestor municipal quando
respondia a reclamações sobre o descumprimento da LOA pelo mesmo. Essa
equivocada retórica para não cumprir a LOA acarreta o “isso retira do vereador
a força política do mandato”, falou-nos uma parlamentar de oposição, no mesmo
município do tal gestor. A perda do poder político realmente é resultado dessa
interpretação conveniente e conivente. Essa perda já começa quando o parlamento
aprova o orçamento, com uma automática e imediata suplementação de 40%, 60% ou
até de 100%, como este Foccopa constatou, na grande maioria dos municípios. “Automaticamente”
também previamente aprovam “remanejamentos”, que não sabem para quê e para
quêm, como e quando acontecerão.
Em São Sebastião , o então vereador André Bomfim
(PT), apresentou uma emenda reduzindo o percentual de crédito adicional
suplementar para 5%. A emenda foi aprovada pelos vereadores da situação, mas
depois se descobriu que eles apenas queriam “ser valorizados pelo próprio
parceiro eleitoral no ano eleitoral”. Tanto não se importaram com “o ganho” ou
o respeito do poder político parlamentar, que dias depois, mesmo antes de
iniciar-se o exercício da “execução” orçamentária, aprovaram um projeto de lei
municipal de crédito adicional suplementar (LCAS), restabelecendo o percentual
de 40%. Esse “vergonhoso” fato foi muito comentado na época, segundo filiados e
filiadas da Ongue de Olho em
São Sebastião , que integra este Foccopa.
No entender deste
Fórum, o problema é de compreensão e de prática política mesmo, a envolver a
estrutura de aliança político-eleitoral ou político-administrativa. O partido
de parlamentar que “perde” poder político aqui é o mesmo do parlamentar ou do
prefeito que ali o “ganha”, com o criminoso descumprimento da LOA. Daí,
Maranhão – em o A Saída
é Essa – dizer que o maior poder político-administrativo atual é o da
criminalidade, por ser aparentemente repudiado aqui, mas muito bem consentido e
até protegido ali e acolá. Tudo sob o amparo da omissão.
Como resolver,
então?
Em razão dessa
reconhecida situação, torna-se fato muito comum observar-se um parlamentar
reclamar, denunciar, em um município o desrespeito daquele Executivo para com o
parlamento – em verdade a parlamentares de oposição - e um outro parlamentar
silenciar ou até elogiar o desrespeito em outro município, apesar de serem
filiados ao mesmo partido político.
> Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas
(Foccopa)
Contatos: - Imeio:
fcopal@bol.com.br - Blogue: www.fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim e Mateus
Bomfim
Data: 24-06-2013
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