sexta-feira, 24 de junho de 2016

Anadia2016: ADMINISTRAÇÃO GASTA MAIS DE MEIO MILHÃO COM PROPAGANDA EM DETRIMENTO DE NECESSIDADES PRIORITÁRIAS

Prezado Kléverson,
Bons, dia e São João!
 
No dia de ontem, este Foccopa-AL foi perguntado se a despesa de mais de R$500 mil com comunicação é regular?

A matéria relata: “Irritado, prefeito diz que ‘colegas’ não servem nem para ser ‘chumbeta de chumbeta’” e informa o gasto de R$505.610,00 em mídias sociais, ou seja, em comunicação. 

Esse gasto de quase R$506 mil reais é totalmente irregular e, inclusive, a Promotoria de Justiça daquela Comarca (PJC) deveria apurar o possível crime contra a administração pública municipal e a prática de atos de improbidade administrativa, com o objetivo de reaver o dinheiro gastos irregularmente.

O crime de responsabilidade também estaria caracterizado. Caberia à Câmara Municipal também apurar e punir, realizando uma de suas obrigações. Esse agir é uma das enormes dificuldades nos nossos parlamentos municipais, nos diversos municípios.

Como acima exposto, respondemos que a despesa é irregular, sob dois aspectos, especialmente! 

Inicial e objetivamente, na Lei Orçamentária Anual (Loa) do Município de Anadia para 2016 não existe nenhuma determinação para realização desse absurdo gasto. Comparando com gastos prioritários, os R$506 mil reais são muito dinheiro, mesmo o Município de Anadia tendo arrecadado em torno de R$37 milhões de reais, em 2015, devendo chegar a cerca de R$41 milhões em 2016. 

Como a administração de Anadia não cumpre a legislação de transparência administrativa, não há como precisar o valor exato da arrecadação municipal.

Por conseguinte, se não existe determinação orçamentária, a despesa não pode ser feita. O Tribunal de Contas Estadual (TCE) e o Ministério Público de Contas (MPC), acredito, elaborarão e emitirão parecer prévio pela rejeição das contas. 

Com o parecer prévio, se a Câmara Municipal daquele Município cumprir a legislação, realizará a desaprovação das contas, quando as julgar, tornando o prefeito inelegível, por “ficha suja”.

Depois, pode-se afirmar que existem diversas outras prioridades para o gasto do dinheiro municipal em Anadia. Assim, a administração municipal não pode se dar ao luxo de gastar em torno de 2% do montante do dinheiro municipal anual em propaganda, especificamente em período eleitoral. Com certeza, o gasto ofende a todos os princípios da administração pública e do próprio Direito Administrativo.

Este Foccopa-AL acredita que se alguma liderança de qualquer segmento social ou alguma mesmo entidade, inclusive, partido político, levar o fato ao conhecimento do MPC, TCE e da PJC – lembra-se que a Câmara Municipal há muito sabe disso - o gasto do montante será imediatamente suspenso ou terá que ser bem explicitado pela administração.

Enfim, cabe a qualquer alguém agir concretamente. 

>Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa-AL)
Contatos – Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim
 
   A seguir você lerá a matéria ora comentada, publicada no portal Cada Minuto: Irritado, prefeito diz que "colegas" não servem nem para ser "chumbeta de chumbeta
Paulo Dâmaso (PMDB), de Anadia, disse ainda no grupo que "ninguém está preparado para ocupar cargo político e que para ser gestor público tem que estudar" 
Ao tentar responder participantes de um grupo no whatsapp, sobre o contrato de mais de R$ 500 mil para gastar com mídias sociais, o prefeito de Anadia, Paulo Dâmaso (PMDB), mostrou-se irritado com os questionamentos feitos por seu "colegas de zap zap".  
Dâmaso não gostou quando jovens anadienses criticaram o valor do contrato considerado absurdo para ser gasto – a menos de seis meses para o fim do mandato e em meio à crise financeira, conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE): exatos R$ 505.610,00.  
O gestor explicou que a empresa Sonar Comunicação Criativa ganhou a licitação por menor preço nos serviços e que a prefeitura vai gastar "caso precise dos mesmos". Por outro lado, no áudio o prefeito mandou as pessoas estudarem sobre licitação e para ser gestor público.     
"A turma aqui é tão envolvida com política que não sabe o que é uma licitação. Pessoal, para ser gestor público vocês têm que estudar mais um pouquinho. Esses valores aí são de um contrato global, de todos os serviços, durante um ano na prefeitura. Então, juro pra vocês, estudem o que é uma licitação. Estudem o que são os itens, cada item. Façam pesquisas de mercado. Vamos melhorar, minha gente. Vocês não têm o que fazer não? Que vocês melhorem! Política não é gritar e montar ideologia que existe no mundo não, certo?", desabafou.  
Numa outra parte da gravação,  Paulo Dâmaso foi mais além ao não conseguir se comportar como pessoa pública e gestor do município, onde os envolvidos na conversa da rede social são todos da cidade de Anadia, e enveredou a exacerbação dizendo que "quem citou seu nome na matéria acima não está preparado para ocupar cargo algum. Nem chumbeta de chumbeta!" 
 "Gestão pública é diferente do que vocês pregam aqui no grupo, viu? Porque toda vez que alguma situação política está derrotada aqui fica arrotando e dizendo coisa ruim. E toda vez que estão no mandato fica aí só luxando e achando bom. Um forte abraço para vocês e que se reciclem , melhorem e se tornem mais capacitados para qualquer cargo público. Até agora aqui, quem citou meu nome na matéria acima,  eu acho que não está preparado para ocupar cargo algum. Nem chumbeta de chumbeta!" Finaliza a conversa.  
Ouça o áudio completo no link abaixo!

Resposta da Assessoria 
Em contato com a assessoria do prefeito, o blog indagou  se haveria resposta para essa irritação do gestor diante de "colegas" de grupo no whatsapp. Como resposta, a assessoria informou que Paulo Dâmaso não falou mal de ninguém e não se referiu a ninguém de Anadia. 
"Resposta de que? Ele não falou mal de ninguém.  Não se referiu a ninguém de Anadia. Ele estava falando em um grupo de jovens que tem pretensões políticas. Apenas isso! Mas a oposição está querendo causar. São jovens com pretensões políticas. Gente de má-fé que quer polemizar. Mas o prefeito não vai entrar nesse jogo não", rebateu a assessoria do gestor.  
Por fim, eis que em tempos pré-eleitoral aparece qualquer tipo de denúncia para prejudicar A ou B. Em tese, não se pode sair dizendo tudo o que quer nas redes sociais. Elas - whatsapp - facebook, instagram e outras - são importantes na vida de muita gente, mas prejudica quando um assunto polêmico torna-se viral.  
Portanto, peraltices em política (e mídias sociais) não é glorioso para qualquer gestor público - ou mandátario - que deve resposta a milhares de habitantes-eleitores numa cidade. 
Redes Sociais: Kleversonlevy                 
Email: kleversonlevy@gmail.com  

Um comentário:

  1. Após publicação da manifestação sobre a matéria e a pergunta que nos foi formulada, recebemos uma indagação sobre os valores da arrecadação por este Foccopa-AL mencionados e de onde vem tanto dinheiro?
    Os valores são mencionados comparando Anadia com outros municípios alagoanos do mesmo porte.
    Os dinheiros são altos realmente e, por isso, são escondidos pelas administrações e pelas câmaras municipais.
    Em rápida pesquisa na internete, percebeu-se que a administração e a câmara municipais não cumprem a legislação da transparência administrativa e legislativa. Omissões que geram mais irregularidades.
    Quando a administração ou qualquer vereador ou mesmo alguém divulgar a prestação de contas - ou só mesmo o Balanço Municipal - de Anadia os valores poderão ser alterados para um pouco mais ou um pouco menos. Mas não serão muito diferentes dos informados.
    Os dinheiros vêm da cobrança de tributos de três espécies: impostos, taxas e contribuições. São tributos nacionais, estaduais e municipais.
    O governo nacional manda a maior parte do dinheiro, em tornou de 80%, o governo estadual repassa outra parte, cerca de 15%, e o próprio governo municipal arrecada, em média, com 5%.
    Quanto à possibilidade deste Foccopa-AL fazer uma exposição lá – que seria mais uma ExpoContas Públicas - sobre a situação financeira e orçamentária de Anadia.
    Podemos sim!
    Mas, só após decorrer o período eleitoral, para se evitarem “compreensões” apenas eleitoreiras e convenientes a grupos só eleitorais e até mesmo políticos.

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