De capital e corrente. Mas praticamente nenhuma gestão ou Câmara informa isso ao povo. Mesmo
gestões do Executivo e do Legislativo sendo obrigadas a fazer essa comunicação,
mediante divulgação em seus também praticamente inexistentes ou inconsultáveis
portais de transparência.
Este Foccopa (Fórum
de Controle de Contas Públicas em Alagoas) e a Ongue de Olho em São Sebastião,
uma de suas entidades integrante, divulgaram o total das receitas recebidas por
São Sebastião, em 2017. A
informação foi publicada e publicizada na internete, nas páginas deste Foccopa:
http://fcopal.blogspot.com/2018/06/sao-sebastiao-receitas-arrecadadas-em.html e
da própria Ongue: http://onguedeolho.blogspot.com/2018/06/arrecacao-da-contribuicao-sobre-o.html.
A partir daí,
entidades e lideranças populares de diversos segmentos sociais têm solicitado
informações sobre a arrecadação de determinado município. Este Foccopa resolveu,
então, publicar informações de um conjunto de municípios vizinhos, agilizando
as informações e possibilitando a comparação dos altos valores arrecadados e uma
reflexão sobre o porquê de gestões não oferecerem políticas públicas adequadas
à população.
Neste texto, tomamos
como núcleo Olho d'Água das Flores. Município localizado na região do Médio
Sertão, às margens das rodovias AL-220 e AL-130, e que tem fronteira com outros
municípios da mesma região. Lá, a Comissão de Cidadania Olhodaguense é uma das
integrantes deste Foccopa.
Município
|
Arrecadação de 2017
|
Olho d'Água das
Flores – homem
|
56.593.287,08
|
Monteirópolis – homem
|
21.756.198,20
|
Olivença – homem
|
34.379.955,91
|
São José da Tapera –
homem
|
73.028.239,58
|
Jacaré dos Homens –
homem
|
19.618.642,53
|
Carneiros – homem
|
(2015) - 21.801.988,46
|
Santana do Ipanema –
homem
|
132.390.928,10
|
Major Isidoro - mulher
|
53.868.478,60
|
Fontes: Secretaria
do Tesouro Nacional (STN), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União
(CGU)
Em próximo texto,
informaremos a população em cada município para que possamos calcular e refletir
sobre a renda percápita (per capita) de cada um deles e o porquê
de uma gestão atuar pior que outras, produzindo imensos prejuízos a cada população.
"Utiliza-se o vocábulo 'pior', porque os respectivos povos praticamente
não percebem diferenças entre cada administração do Executivo ou do
Legislativo.
As gestões de Carneiros não
disponibilizaram informações referentes aos exercícios de 2016 e de 2017. Essa
omissão, além da ilegalidade, caracteriza pouco apreço de componentes do
Executivo como do Legislativo pela população. As estranhas omissões são violentadoras
da legislação de transparência administrativa e da gestão democrática.
Cada um dos 9 vereadores tem feito o
quê para combater essas irregularidades? Nota-se que nenhuma vereadora foi
eleita, em um Município onde a maioria do eleitorado é mulher. Esse fato revela
o quê?
Em razão da dimensão dessa matéria, não
consultamos os tribunais de contas, estadual (TCE-Al) e nacional (TCU), como
também os ministérios públicos estadual, nacional (Federal) e de Contas para
sabermos quais as providências que foram ou estão ou serão tomadas para
fazer-se cumprir a legislação da transparência e da gestão democrática.
Atentamos para a
questão de gênero em cada município. O objetivo é realçar as invisibilidades,
política e principalmente eleitoral, das mulheres. Percebemos também que não há
efetivas melhorias nas condições de vida do povo nos municípios administrados
por prefeitas. Fato que torna problematizados debates de que a gestão de uma
mulher melhoraria as políticas públicas municipais.
>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas –
Foccopa-Al
Contatos - Imeio: fcopal@bol.com.br
- Blogue - www.fcopal.blogspot.com.br.
Redação: Paulo Bomfim – Integrante
do Foccopa-Al
Data: 30 de maio de 2018;
atualizado em 13-7-2018
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