ASPECTOS ESPECÍFICOS VII
Neste texto falaremos sobre a receita
municipal de contribuições. O tributo contribuição é gênero e tem diversas espécies
como contribuição-imposto, contribuições-sociais e contribuições-econômicas.
Município
|
Social
|
de Melhoria
|
Junqueiro, 2017-2018
|
Inexistentes
|
Inexistentes
|
Porto
Calvo
|
1.482.780,01
|
00,00
|
São
Sebastião
|
3.836.712,35
|
00,00
|
Japaratinga
|
457.628,08
|
00,00
|
Maragogi
|
2.868.594,76
|
00,00
|
Jacuípe
|
806.467,39
|
00,00
|
Piranhas
|
2.767.865,27
|
00,00
|
Feira
Grande
|
INSS
|
00,00
|
Campo
Alegre
|
10.535.996,32
|
00,00
|
Campestre
|
176.411,10
|
00,00
|
Arapiraca
|
12.607.838,29
|
00,00
|
Jundiá
|
276.557,44
|
00,00
|
Porto
de Pedras
|
815.155,51
|
00,00
|
Matriz
do Camaragibe
|
4.333.705,27
|
00,00
|
Passos
do Camaragibe
|
1.702.566,85
|
00,00
|
São
Luiz do Quitunde
|
815.155,51
|
00,00
|
Água
Branca
|
INSS
|
00,00
|
Porto
Real do Colégio
|
INSS
|
00,00
|
União
dos Palmares
|
INSS
|
00,00
|
São
Miguel dos Milagres
|
756.924,28
|
00,00
|
Craíbas
|
1.664.035,01
|
00,00
|
Barra
de Santo Antônio
|
4.051.663,61
|
1.034.360,08
|
São
Miguel dos Campos
|
INSS
|
00,00
|
Paripueira
|
INSS
|
00,00
|
Maceió
|
75.179.766,35
|
00,00
|
Flexeiras,
2013-2018
|
Inexistentes
|
Inexistentes
|
Delmiro
Gouveia
|
INSS
|
00,00
|
Teotônio
Vilela, 2017- 2018
|
Inexistentes
|
Inexistentes
|
Coruripe
|
3.131.712,05
|
00,00
|
Santana
do Ipanema
|
INSS
|
00,00
|
Girau
do Ponciano
|
10.202.807,34
|
00,00
|
Como as receitas anteriormente
tratadas, a das contribuições foi criada pelo prefeito e pelos vereadores da
época. Acima você leu o quanto cada município disse que arrecadou, em 2018,
de contribuição-social, no particular, para a previdência própria.
> Produção:
Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas
A contribuição-imposto, a “de
melhoria”, foi arrecadada apenas pelo Município Barra de Santo Antônio, no
Litoral Norte. Até mesmo Maceió informou que nada arrecadou desse tributo
municipal.
Em texto específico sobre o tributo de contribuição de melhoria, o tema será retomado como tentativa de esclarecer um pouco mais sobre o mesmo.
Inclusive essa alta arrecadação de Barra de Santo Antônio merece um estudo. Propõe-se que algum(a) acadêmico(a) se disponha a fazê-lo?
Em texto específico sobre o tributo de contribuição de melhoria, o tema será retomado como tentativa de esclarecer um pouco mais sobre o mesmo.
Inclusive essa alta arrecadação de Barra de Santo Antônio merece um estudo. Propõe-se que algum(a) acadêmico(a) se disponha a fazê-lo?
Uma contribuição da espécie econômica,
a Cosip, foi tratada na matéria “DINHEIROS MUNICIPAIS III:
COSIP”, que foi pulicada no blogue deste Foccopa em (https://fcopal.blogspot.com/2020/05/dinheiros-municipais-iv-das-receitas.html),
aí podendo ser acessada, lida e impressa.
Quanto à contribuição social
previdenciária, muitos municípios não informaram o valor da arrecadação.
Acredita-se que não tenham criado a previdência própria de seus servidores. Os servidores, então, contribuem para o regime geral previdenciário, o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Acredita-se que não tenham criado a previdência própria de seus servidores. Os servidores, então, contribuem para o regime geral previdenciário, o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Alagoas tem 102 municípios e,
segundo informações colhidas na internete, em 30 deles os servidores contribuem
para o regime geral previdenciário, o INSS. 72 têm o regime próprio previdenciário.
A grande maioria das previdências
próprias tem gestão intransparente. Mas os próprios servidores não fiscalizam
os muitos dinheiros que podem garantir alguma digna sobrevivência no futuro.
Servidores ouvidos, atribuem a culpa pela infiscalização ao sindicato da
categoria. Nesse jogo de déficite de cidadania e de empurra empurra se construirão
apenas futuros sofrimentos, infelizmente.
Segundo a Ongue de Olho em São
Sebastião, 2 ex-prefeitos, “pai e filho”, como o senso comum da população são-sebastiãoense comento e, em verdade tio e sobrinho,
foram condenados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, por desvios de quase R$12 milhões da previdência
municipal, só no pequeno período de 2010-2013.
Mas os milhões ainda não foram
devolvidos, apesar deles já responderem, desde 2015, por atos de improbidade
administrativa, sendo o processo assinado pelos promotores de justiça Cláudio
Pereira Pinheiro, José Carlos Castro e Napoleão Amaral Franco, tendo o Ministério
Público divulgado matéria na época, que poderá ser lida e impressa no seguinte virtual
endereço: (http://web.mpal.mp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2470:mpeal-ajuiza-acao-por-ato-de-improbidade-administrativa-em-desfavor-de-prefeito-de-sao-sebastiao-prefeitura-deixou-de-repassar-contribuicoes-previdenciarias&catid=16:noticias-patrimonio-publico&Itemid=6).
A Ongue não soube informar se os
ex-prefeitos já respondem por possíveis crimes de responsabilidade, de
apropriação indébita previdenciária etc. que podem ter cometido.
Todavia, um deles, Zé Pacheco,
foi reeleito, encontrando apoio eleitoral na empobrecida e prejudicada população
e inclusive nos próprios servidores que perderam os milhões que garantiriam a
eles e às suas famílias um apoio financeiro, em caso de alguma desdita ou no
envelhecimento ou mesmo na viuvez.
“O que fazer, então?”, provocativamente,
perguntou uma servidora do TCE.
Uma importante questão: ao
contrário do que se pensava há cerca de 20 anos atrás, a criação do regime próprio
resultou em um “grande fracasso”, em razão de praticamente ter a sua arrecadação
surrupiada por algum prefeito e a câmara municipal não cumprir o respectivo papel
de fiscalização.
Registra-se que, até essa
data, só os municípios Porto Calvo, no Litoral Norte, e Jacuípe, na Mata Norte,
apresentaram a respectiva prestação de contas de gestão de seu instituto
previdenciário ao TCE, referente a 2019, mesmo o prazo havendo sido prorrogado
para até 30 de junho.
Na matéria anterior (http://fcopal.blogspot.com/2020/05/dinheiros-municipais-vii-taxas.html)
foi falado sobre a receita das taxas. Para aprofundar as leituras o acesso à prestação
de contas municipal é fundamental. No próximo texto, será tratada a arrecadação
da receita patrimonial. O texto sairá na próxima sexta-feira.
Contatos:
fcopal@bol.com.br – fcopal.blogspot.com
Redação:
Paulo Bomfim – Integrante do Foccopa
Data:
15 de maio (Dia do Assistente Social) de 2020
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