terça-feira, 22 de junho de 2021

Jaramataia - ORIGENS DOS DINHEIROS DE 2020

 E TRANSFERÊNCIAS DA UNIÃO E DO ESTADO

NA ARRECADAÇÃO do Município Jaramataia, município localizado no Médio Sertão alagoano.

Bem... A divulgação de matérias sobre a arrecadação orçamentária municipal de 2020 e especialmente sobre a movimentação financeira total do mesmo ano, questionamentos chegam a este Foccopa.

Com a nossa divulgação da matéria publicada pelo renomado jornalista Mozart Luna em seu blogue: FPM TEM NOVO AUMENTO E JUNHO NÃO TERMINOU E JÁ É 70% MAIOR QUE O ANO PASSADO”, na internete em http://fcopal.blogspot.com/2021/06/fpm-tem-novo-aumento-e-junho-nao.html, a “curiosidade” da população sobre as finanças municipais aumentou, em muitos municípios.

Dialogamos. E, dentro do possível, este Fórum tem respondido.

De Jaramataia, vieram dois questionamentos. Este Foccopa, agradece e informa que logo que a administração daquele Município regularizar a situação do mesmo no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro, com a sua na Declaração de Contas Anuais, especificamente a de 2020, as informações serão prestadas.

Em razão da não regularização da DCA pela a administração os valores de 2020 ainda não estão disponíveis.

Todavia, a Secretaria Municipal de Finanças ou a Câmara Municipal daquele Município devem fornecer a quaisquer interessados uma cópia do Balanço Municipal (que é um resumo da prestação de contas) de 2020, cumprindo a legislação de transparência.

Quaisquer um dos parlamentares jaramataiaenses, de quaisquer partidos, também poderá fornecer a cópia do mencionado Balanço, efetivando a transparência do respectivo mandato.

À população, cabe cobrar e ir receber a cópia. Assim, ficará sabendo os valores movimentados pelo Município e também pela Câmara Municipal, e o destinos dos montantes.

Por fim, quando a administração municipal regularizar a situação no Siconfi, este Foccopa divulgará os valores e remeterá o conteúdo à população de Jaramataia.

Atualização: Em 31 de julho de 2020, a administração jaramataiaense ainda não havia regularizado a situação e a sua DCA no Siconfi. Quando houver a regularização isso será divulgado.

>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa)
Contatos - Imeio: fcopal@bol.com.br - Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – integrante do Foccopa
Data: 21-06-2021- Atualização: 31-07-2021

segunda-feira, 21 de junho de 2021

“FPM TEM NOVO AUMENTO E JUNHO NÃO TERMINOU E JÁ É 70% MAIOR QUE O ANO PASSADO”

SITUAÇÃO FINANCEIRA NAS PREFEITURAS É CONSIDERADA ‘MARAVILHOSA’.

As prefeituras receberam a segunda parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que foi depositada nas contas dos municípios (na última sexta-feira, 18-6, à noite) e com mais um aumento do volume de dinheiro de 17,14% em relação a mesma do ano passado.

No total o FPM este ano já acumula superavit de 23,65%, um volume superior ao mesmo período do ano passado. O segundo decênio (o repasse de 20 de cada mês) representa, geralmente, o menor repasse mensal do Fundo [que é composto por percentuais dos dinheiros das arrecadações do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)] – girando em torno de 20% do total do mês e mais de 70% relativa ao mesmo mês. 

Para analisar este aumento atípico no FPM, a área de Estudos Técnicos da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) avaliou alguns quesitos e concluiu que, uma das explicações para o bom desempenho em junho, é a melhora na arrecadação do país.

Vale lembrar que as Prefeituras receberam ano passado também os recursos extras para o controle da pandemia, além do incremento do dinheiro circulando nos municípios, através da Ajuda Financeira aos trabalhadores que foram perderam renda com as medidas restritivas impostas. 

Milhares de pequenos municípios tiveram um incremento da renda per capita (por cada pessoa) através dessa ajuda, o que fez aquecer o comércio local.

Mesmo assim alguns prefeitos continuam se lamuriando, chorando e reclamando que não têm recursos suficientes para administrar os municípios, o jeito é colocar uma Casa da Moeda nas cidades desses gestores.  

Mais alegria - As boas e maravilhosas notícias para as prefeituras não terminam por aqui e continuam com anúncio do valor do FPM EXTRA, que chega aos cofres dos municípios no dia 8 julho no valor total de R$ 4,9 bilhões. O valor surpreendeu até mesmo os prefeitos que choram todo dia reclamando da falta de dinheiro.

Surpresa - Inicialmente, a CNM divulgou previsão de R$ 4,7 bilhões. O valor foi reajustado por se tratar do IR e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) entre julho do ano anterior a junho do ano corrente. Assim como a previsão anterior da CNM, essa nova estimativa do primeiro 1% de 2021 foi calculada com base nos Relatório de Avaliação Fiscal e Cumprimento de Meta do governo federal e nos comunicados de repasses do Fundo.

>Jornalista Mozart Luna - https://circuitomundo.com/2021/06/21/fpm-tem-novo-aumento-e-junho-nao-terminou-e-ja-e-70-maior-que-o-ano-passado-situacao-financeira-nas-prefeitura-e-considerada-maravilhosa/

[Há muito tempo, desde que trabalhou na sucursal do jornal Gazeta de Alagoas, em Arapiraca, o jornalista Mozart Luna tem se destacado por sempre focar a questão do FPM, com seus aumentos ou diminuições, quando comparada a arrecadação de um mês com o mesmo mês do ano anterior, e oscilações mensais, comparando o mês atual com o mês anterior. Esse foco em noticiar a arrecadação municipal é muito importante, no entender deste Foccopa, pois permite à população saber que tem muito dinheiro, possibilitando ao povo reivindicar seus direitos e especialmente iniciar um urgente e necessário debate sobre a utilização e a qualidade dos gastos municipais.

Possibilita ao conjunto da população e a cada liderança de cada segmento social, debater e propor ações para melhor e mais igualmente fazer a repartição dos dinheiros municipais.

Aliás, nesse período, o debate sobre a justa divisão dos dinheiros é mais importante ainda, pois tramitarão em cada Câmara Municipal os projetos de leis orçamentárias para o ano de 2022 (LDO-Lei de Diretrizes Orçamentária e LOA-Lei Orçamentária Anual) e para o período de 2022 a 2025 (PPA-Plano Plurianual de Ação).

É nessas leis que é feita a divisão dos dinheiros, podendo beneficiar alguém ou algum segmento e prejudicar a muitos outros.

Mas a população e cada liderança de cada segmento social e de cada partido podem e precisam divulgar que, além do FPM (que é apenas uma pequena parte da arrecadação municipal, como se pode comparar nas tabelas abaixo), praticamente todos os recursos municipais aumentaram e o detalhe para melhorar a qualidade de vida para todos e todas é fazer uma justa divisão de todos os dinheiros.

Estas partes escritas com tipos de letra diferenciados do texto principal são deste Foccopa (fcopal@bol.com.br – fcopal.blogspot.com), e atendem a pedidos de Piranhas e de Porto Calvo, de quem viu as matérias sobre Água Branca e Arapiraca, onde aconteceu uma das edições do Com (Curso de Noções sobre Orçamento Municipal e Controle Social).

Para verificar se houve aumento de arrecadação, entre 1º e 20 de junho de 2020 e de 2021, bem como os respectivos percentuais, acesse, de Piranhas: http://fcopal.blogspot.com/2021/06/piranhas-parte-dos-dinheiros-dejunho.html, e de Porto Calvo: http://fcopal.blogspot.com/2021/06/porto-calvo-parte-dos-dinheiros-dejunho.html.

Portanto, precisamos avançar muito com o debate sobre urgente e necessária justiça orçamentária ou a justa divisão dos dinheiros municipais, como a principal forma de combater as desigualdades sociais. Estas, muitas vezes, são construídas e legalizadas utilizando-se sutilmente a manipulação de cada orçamento municipal.

Eis as razões pelas quais não se fazem as obrigatórias audiências públicas e não se faz a publicização das leis orçamentárias, imperando um fortíssimo silêncio a respeito delas, inclusive de parlamentares da oposição.

Vamos debater, então!

domingo, 20 de junho de 2021

Porto Calvo - PARTE DOS DINHEIROS DEJUNHO

 R$3.072.720,19

Líquidos!

Nessa sexta-feira, 18-6, à noite, o Município Porto Calvo recebeu os dinheiros do 2º decênio de junho de 2021. Somados aos valores do 1º decênio, recebidos em 10 último, o montante líquido repassado pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional) é superior ao do mesmo período, em 2020.

Do montante acima foram deduzidos R$56.423,75, para pagamento de dívidas de INSS e de Pasep. O valor bruto seria, então, de R$3.129.143,94. Além desse montante, o Município ainda recebe os dinheiros repassados por outros setores do governo federal, pelo Estado e o originado na arrecadação própria municipal.

Tributo-Fundo – 1º a 2º decênios

06-2021 – Montante

FPM

1.599.049,03

FEP

00,00

ITR

335,58

FUS (SUS)

239.907,67

CIDE

00,00

FUNDEB

1.232.194,14

SNA (Simples Nacional)

1.233,77

ADIO (Lei Kandir)

00,00

Arrecadação total

3.072.720,19

Para comparar se houve aumento dos dinheiros, em relação ao período de 1º a 20 de junho de 2020, abaixo, analise os valores do ano passado.

Note que o FPM quase dobrou de um ano para o outro e quanto foi o seu percentual considerando-se cada arrecadação de cada período. Alguém está sendo enganado.

 

Tributo-Fundo – 1º a 2º decênios

06-2020 – Montante

FPM

848.548,99

FEP

00,00

ITR

335,58

FUS (SUS)

127.282,33

CIDE

00,00

FUNDEB

761.787,82

SNA (Simples Nacional)

673,37

ADIO (Lei Kandir)

00,00

AFM (Apoio Financeiro)

1.172.729,22

Arrecadação total

2.911.021,73

Mensalmente, o montante oscila para mais ou para menos. Mas, quando comparado com os dinheiros do mesmo período do ano anterior, percebe-se que, quase sempre, aumentam.

Quando a oscilação é para menos, quase sempre, gestores e parlamentares municipais, propagam que “o FPM diminuiu bastante”. Mas quando a oscilação é para mais, quase sempre, silenciam.

Detalhe: mencionam o FPM e “esquecem” de citar os valores dos demais dinheiros recebidos. Observe que só nessa parte vinda da STN, o FPM é cerca de 50% do montante repassado.

Se à essa parte da STN se somar os dinheiros vindos do Estado, os da arrecadação própria e de outros setores federais, como os do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o percentual do FPM, em relação à arrecadação total, poderá ficar abaixo de 30% da arrecadação total.

Por que gestores e legisladores municipais calam sobre os outros 70%, como já verificado em edições do Com (Curso de Noções sobre Orçamento Municipal e Controle Social)?

Reflita que: “Um município não é medido pelo seu comprimento e largura, mas pela amplitude da visão e pelo alto dos sonhos de quem o administra e da própria população” – autoria desconhecida.


>Produção: Fórum de Controle de Contas Públicas em Alagoas (Foccopa)
Contatos – Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante da Ongue
Data: 19-06-2021