segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

FPM QUANTO SOMOU EM 2024?

R$43.122.484,80!

1 - Desinformando a população e até mesmo lideranças de segmentos populares, prefeitos ou prefeitas e vereadoras ou vereadores citam sempre a “redução” do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) ou dos “recursos”.

1.1 - Tentam dar a entender a pessoas desavisadas ou desatentas que só existe o dinheiro do FPM no município.

1.2 – Enganam o povo de Deus. Eis a doída verdade.

2 - Como detalhe, quando ‘citam’ o FPM falam sempre em percentual e calam sobre o montante de todos os valores.

2.1 - Assim, impedem que as pessoas não façam a comparação entre um ano e outro ou entre um mês e outro.  

2.1.1 - Sutilmente, em ação de omissão, manipulam ou escondem as informações, “até de familiares”, como disse a irmã de um vereador de um município da Região Metropolitana de Maceió.

2.1.2 - Para se ter uma ideia do tamanho da desinformação, manipulação, mentira etc., que impõem à empobrecida população, basta analisar o montante do FPM: R$43.122.484,80 e o montante, ainda parcial, dos demais dinheiros: R$112.697.830,28, que só a STN (Secretaria do Tesouro Nacional) enviou para o Município São Sebastião, em 2024.

2.2.1 - Feita a comparação, percebe-se que há um silencio total de muita gente sobre uma baita diferença de R$71.992.170,91. Ou sejam, calam sobre 63,88% da parte dos dinheiros que vieram pela STN.

2.2.2. - Morou?

2.2.3 - E lembre-se: ainda tem as demais altas e escondidas granas.

2.3 - Os montantes arrecadados, individualizados ou conjuntamente, têm sido informados à população, bem como a discutível qualidade dos gastos municipais e legislativos, conforme matérias divulgadas em blogues e em saites de algumas entidades.

Ver:

- PARTIDO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS SÃO-SEBASTIÃOENSES: FUNDEB QUANTO SOMOU EM 2024?

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/12/dinheiros-da-stn-em-dezembro.html

- https://fcopal.blogspot.com/2024/12/nao-gastos-ou-gastos-estranhos.html

- PARTIDO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS SÃO-SEBASTIÃOENSES: 7ªATIVIDADE DO 3ºERMA

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/12/cultura-e-os-dinheiros.html

- https://fcopal.blogspot.com/2024/11/olho-dagua-grande-fpm-tem-seu-valor.html

3 – Acredito que para provocar... Alguém pergunta se em Arapiraca acontece o mesmo?

3.1 – Ora, não vamos responder sim ou não ou tergiversar. Vamos, isto sim, informar os montantes dos valores transferidos pela STN e cabe à população arapiraquense analisar e extrair delas a sua sábia conclusão.

3.2 – Em 2024, o FPM de Arapiraca somou: R$158.491.466,99 e os montantes de todos os demais dinheiros repassados pela STN somaram: R$400.516.456,96.

3.2.1 - A diferença é de R$ 242.024.989,97 ou 60,43%

3.2.2 - Antes, alerta-se que todos os montantes são ainda parciais. Porque os valores exatos de cada um deles, acrescidos de seus respectivos juros remuneratórios, só se ficará sabendo quando a prestação de contas municipal vier a ser publicizada pela Presidência daquela Câmara Municipal, conforme diz o artigo 29 da LOM de lá, que em adaptado resumo diz:

[...] as contas do exercício anterior que o Prefeito e a Mesa da Câmara deverão prestar anualmente à Câmara Municipal, dentro dos sessenta dias após a abertura de cada sessão legislativa;” e § 3º: Apresentadas as contas, o Presidente da Câmara as porá, pelo prazo de sessenta dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, na forma da lei publicando edital;” e § 4º: “Vencido o prazo do parágrafo anterior, as contas e as questões levantadas serão enviadas ao Tribunal de Contas, para emissão de parecer prévio;”.

4 – Por fim, para o exercício da cidadania ativa é muito importante saber desses valores, pois sem o conhecimento deles não há como definir e reivindicar políticas públicos de forma concreta e de qualidade. Pois, “As políticas públicas ‘até’ existem, mas não têm implementação efetiva”, leciona Carlos Aurélio Pimenta de Farias.

4.1 - Esses fatos sobre os irregulares gastos municipais são debatidos durante as edições do Com (Curso de Noções sobre Orçamento Municipal e sobre Controle Social), que acontece no Cecusa (Centro Cultural Salomé).

4.1.1 - O Curso é aberto à participação de todos e de todas, e de graça, sendo promovido por este Foccomal, em parceria com a Ongue de Olho em São Sebastião e o Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores.

>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais em Alagoas – Foccomal
Contatos – Imeio: 
fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccomal, da Ongue e do PT

Fontes: Secretaria do Tesouro Nacional e Banco do Brasil S. A.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

NÃO-GASTOS OU GASTOS ESTRANHOS

 DE APURAÇÃO NECESSITAM

1 - Em questões Ambiental ou Saneamental.

1.1 - Na 1ªCima³ (Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Agreste Alagoano), ocorrida no última 13 de dezembro de 2024, no IFAL, Arapiraca, algumas entidades, especialmente o Foccomal, distribuíram informações sobre gastos ou sobre não-gastos de municípios desse Agreste e de outras regiões do Estado, com o Meio Ambiente e com o Saneamento Básico, em 2023.

1.1.1 - A estranheza dos não-gastos ou mesmo dos gastos surpreendeu a presentes e a não-presentes à 1ªCima, e até a quem teve acesso às respectivas informações fora dela.

1.1.2 - Sobre a tal “estranheza” rápidas conversas aconteceram no Plenária da 1ªCima ou aleatoriamente, na hora do almoço. E, realmente, o susto foi grande.

1.1.2.1 - Até porque a grande maioria dos conferencistas não sabia de tanta “bagunça” administrativa ou montantes de gastos ou de não-gastos tão discrepantes e aleatórios da própria gestão que 

estava ali representando, conforme tabela abaixo:

Administração de

Ambiental

Arrecadação

Saneamento

Arapiraca

79.669,03

1.066.996.104,29

1.104.156,10

São Sebastião

00,00

187.078.303,62

00,00

Craíbas

558.416,19

183.293.895,98

00,00

Igaci

00,00

126.501.068,67

00,00

Girau do Ponciano

00,00

300.944.384,67

534.680,40

Penedo

3.376.565,73

318.461.479,91

13.597.611,05

Coruripe

2.046.301,60

393.279.525,68

6.788.242,78

Palmeira dos Índios

1.087.397,81

351.352.174,46

00,00

São Miguel dos Campos

14.299.879,72

317.541.100,02

00,00

Pilar

1.946.179,79

351.485.762,42

949.378,93

Rio Largo

8.764.685,26

384.590.384,19

00,00

1.2 - Por conseguinte, o TCEAL e o MPC têm a obrigação de trazer para a sociedade alagoana em geral e, em particular, para cada município alguma explicação para essa "inominável" situação, como disse um esclarecido cidadão de Batalha.

1.2.1 - Em 23-12, alguém pergunta sobre:

-“os absurdos das informações” divulgadas? 

- E se o Foccomal sabia sobre a correção ou não da prestação de contas de 2022, com relação a Palmeira dos Índios, e de 2023, com relação a Craíbas? 

- E mais: “Por que a ‘Corte de Contas’ não divulga o resultado de suas apreciações”?

1.2.2 - Bem... Vamos lá. Quanto à correção ou não da prestação de contas de 2022 da administração de Palmeira, este Foccomal não tem condições de responder de imediato. 

1.2.2.1 - Pois ela – as contas - se constitui em um documento municipal muito volumoso. Um calhamaço de cerca de 1.313 páginas. Se houve dificuldade de acesso, este Foccomal pode auxiliar ou pedir orientações ao TCE.

1.2.2.2 - Todavia, pode dizer que a administração daquele Município é uma das bem poucas que divulga a prestação de contas no saite municipal na internete, entre as 102 administrações municipais existentes. No saite, a prestação de contas pode ser consultada pela população.

1.3 – Quanto à prestação de contas de Craíbas de 2023, a mesma é escondida pela administração daquele Município, pois ela não foi encontrada no saite do Município na internete.

1.3.1 - Aliás, as más gestões do Município Craíbas há muito são conhecidas da população e de lideranças de todos os segmentos sociais, como se tem debatido em eventos, na Uneal e na Ufal, mais recentemente.

1.4 – Quanto à não divulgação dos pareceres prévios do TCEAL (Tribunal de Contas do Estado de Alagoas) sobre as contas do governo municipal, bem como dos julgamentos do mesmo sobre as contas de gestão, parece ser consenso, pois dificilmente alguém informa que teve acesso ou soube informações sobre as divulgações dos dois mencionados e importantíssimos documentos.

1.4.1 – Como diz um famoso jornalista: a carestia dele não justifica a ineficiência ou ineficácia do mesmo. Realmente, pouco se sabe sobre as estripulias de administrações municipais descobertas pelo TCEAL.

1.4.1.1 - Aliás, quando este Foccomal esteve no Município Colônia Leopoldina ouviu de um vereador que nunca viu naquela Câmara um parecer prévio sobre as contas do governo municipal do TCEAL e menos ainda um julgamento sobre as contas de gestão, daquela Câmara, inclusive.

1.4.1.2 - Em conversas com duas professoras municipais, elas confirmaram a este Fórum que realmente lá ou “aqui, em Colônia”, não se soube de parecer prévio ou de ‘acórdão’, julgamento, do TCEAL.

1.4.1.3 – Em razão de variados fatores, só resta a este Foccomal divulgar os fatos que variadamente toma ciência e torcer que a população tenha forças para debater isto publicamente.

1.4.1.4 – A confirmar as assertivas do vereador e das professoras do velho Colônia, ainda não se sabe sobre a efetiva apuração das mais diversas irregularidades pelo TCEAL e pelos órgãos de controle, como se pode sentir a seguir:

- https://onguedeolho.blogspot.com/2023/03/colonia-leopoldina-decoracao-carissima.html

- https://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/siope-sem-informacoes-de.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/mobilizacao-para-o-vi-congresso-de.html

- https://fcopal.blogspot.com/2011/03/colonia-de-leopoldina-mpe-denuncia.html

- https://fcopal.blogspot.com/2010/11/colonia-leopoldina-prefeito-e.html

- https://fcopal.blogspot.com/2022/05/cosip-por-que-arrecadacao-da-iluminacao.html

- https://fcopal.blogspot.com/2012/03/motivo-do-empobrecimento-noventa-e.html

- PARTIDO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS SÃO-SEBASTIÃOENSES: CÂMARA MUNICIPAL DEVE DIVULGAR À POPULAÇÃO QUE

- PARTIDO DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS SÃO-SEBASTIÃOENSES: Prestação1 de Contas - IRREGULARIDADES MUNICIPAIS

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/rio-largo-custos-de-parlamentares.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/rio-largo-custos-de-parlamentares.html

1.5 – Daí o algo "inominável" que aparenta até mesmo uma assombrosa  assombração para a experiente ACCL (Academia de Cultura Colônia Leopoldina), que tem quilate para apreciar o fato assustador, pois, em 2022, foram gastos quase R$2 milhões e, em 2023, exatos R$11.656.664,03, em gastos específicos, como os culturais.

1.5.1 – Em 2024, esse algo estaria para ultrapassar gulosos R$5 milhões e ensejou, então, o despretensioso seguinte comentário deste Fórum, que, em 17-10-2024, postou: “COMENTÁRIOS À MATÉRIA SOBRE GASTOS EM CULTURA

Prezado Maurício Silva,

Boa noite, nobre.

Inicialmente, parabéns pela divulgação da matéria que trata de um dos altíssimos gastos em Cultura no Município Colônia Leopoldina, atravessado pelo Rio Jacuípe, vindo de Pernambuco para o Atlântico - https://www.7segundos.com.br/maragogi/noticias/2024/10/15/260938-prefeitura-de-colonia-leopoldina-faz-contrato-milionario-com-empresa-de-eventos

Em 2022, o declarado e ainda aparentemente não analisado pelo TCE gasto total da administração daquele Município, em Cultura, foi de R$1.990.658,04, segundo informações obtidas no TCE-AL.

Em 2023, o gasto cultural saltou para R$11.656.664,03, sem quaisquer explicações da administração municipal para tal, conforme os demais termos de 2022.

Lembra-se que a Dotação Orçamentária Inicial (DOI) era de apenas R$1.438.319,08, conforme Lei Municipal nº994-2023.

Como, então, corretamente, a administração municipal gastou tantos milhões em Cultura ali?

Em 2024, publicamente, a dotação orçamentária era desconhecida, pois o portal da (in)transparência administrativa municipal não tinha informações sobre a mesma, quando lá estivemos.

Todavia, considerando o montante da DOI para 2023, com um possível excessivo acréscimo em torno de 20%, em 2024, a DOI giraria por volta de R$1.725.982,91.

Então, como a administração gastar, corretamente, um montante de R$4.741.273,15, em festejos, na Cultura daquele histórico e pequeno Município da Zona da Mata Norte alagoana, onde a população está tão empobrecida?

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/colonia-leopoldina-origens-de-seus.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/siope-sem-informacoes-de.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/colonia-leopoldina-balanco-municipal.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/colonia-leopoldina-origens-de-seus.html

Quando em Leopoldina retornamos, em 8-7, à tarde, soubemos que o gasto ia ser feito, pois já havia sido “celebrado” o contrato.

Ficamos, então, aguardando a “Extrato” ser publicado no Diário Oficial dos Municípios

Com a publicação, estamos buscando uma difícil parceria com alguma liderança popular - ou alguma entidade - de lá para protocolizarmos representação nos ministérios públicos, da Comarca e no de Contas, além de nos TCE-AL e TCU, inclusive ao próprio MinC, vez que pode haver dinheiro carimbado ou vinculado.

Acreditamos que as explicações do Secretário Municipal de Cultura não se sustentem e até mesmo se agravem, até porque o falado Município Colônia Leopoldina aparenta muito mal administrado.

Pelo Foccomal iremos deixando a par da situação.

Abraços.”

1.5.2 – Enfim, naquele Município da Mata Norte alagoana parece sobrar ações culturais e faltar à população empobrecizada políticas públicas de saneamento básico e de meio ambiente, já que seus dinheiros também foram R$00,00, zerados, em 2023.

Aleluia!

E que, como Ele, renasçamos!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

DINHEIROS CULTURAIS SÃO MUITOS

EM CADA MUNICÍPIO

Municípios - Em todos os municípios estão em curso debates e ações sobre os destinos e os bons usos dos dinheiros culturais, oriundos da PNAB (Lei Aldir Blanc²), em cumprimento até junho de 2025.

Anteriormente a ela, tivemos a execução Lei Aldir Blanc¹ e a Lei Paulo Gustavo, que trouxeram bastante dinheiros para a economia do Brasil, dos estados do Distrito Federal e dos Municípios, bem como do arquipélago Fernando de Noronha, atualmente pertencente ao Estado Pernambuco.

Os 102 municípios de Alagoas receberam R$1.466.244.660,31 e estão tratando sobre como utilizar os dinheiros culturais. Além desses dinheiros existem os dinheiros orçamentários da cultura. Assim, pode-se dizer que as classes artísticas em cada município poderiam estar muito bem, obrigado.

No entanto, as más qualidades de vida nas quais quase todas as pessoas fazedoras cultura estão passando têm também a omissão ou mesmo a conivência delas, daí inclusive o esconderijo dos gastos municipais em culturas não serem divulgados e publicizados no dia a dia, apesar disso ser algo obrigatório.

Nas 4 páginas do documento, em fac-símile, a seguir, você eleitor ou eleitora, e leitor ou leitora, poderá saber quanto cada município recebeu, em especial o seu território São Sebastião

Por exemplo, aqui, na Terra da Renda de Bilro, foram recebidos R$268.131,93 e mais os acréscimos dos juros que os originais dinheiros produzirem.













Estado
 - Hoje, à tarde, Paulo Bomfim, de São Sebastião, e Daniel Nunes, de Arapiraca, e demais companheiros e companheiros participaram de uma laive que tratou dos procedimentos burocráticos para gastar os dinheiros culturais em geral, mas especificamente os que vieram pela PNAB.

Focaram-se 2 aspectos importantes para a democratização e para a transparência da boa utilização dos dinheiros, bem como a divulgação massiva, via diversos meios de comunicação, especialmente pelas rádios comunitárias que estão em 78 municípios alagoanos. 

Em razão da falta da massiva divulgação, muitos artistas e artesãos e demais fazedores e fomentadores de cultura ficam prejudicados, pois não têm informações das gestões municipais e das câmaras municipais. 

Essa falta de transparência, ampla e acessível divulgação motivou a realização de um abaixo-assinado no qual fazedores de cultura pedem a prorrogação do prazo para se fazer inscrição, considerando-se cada edital ou mesmo a reabertura desse prazo para que as classes artísticas possam apresentarem os seus projetos culturais.

Alagoas também recebeu muito dinheiro. Foram R$33.755.339,69 ou R$33 milhões e quase R$756 mil reais. A soma dos 2 montantes, o do Estado e o dos 102 municípios, somam R$1.500.000,000,00.

Na tabela abaixo, perceba quanto cada Estado recebeu.




segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

VENDAS DOS SERVIÇOS D’ÁGUA, SANEAMENTO E ESGOTAMENTO

 PRECISAM SER COMBATIDAS


E TAMBÉM BUSCADA A
REESTATIZAÇÃO MUNICIPAL DELES.

Como já muito noticiado, os serviços de abastecimento d’água, de saneamento e de esgoto estão sendo vendidos para empresas privadas.

Em andamento, então, a privatização e já há um bom tempo. Praticamente de forma silenciosa, por prefeitos e por parlamentares municipais.

Mas também contando com a conivência de muitos que poderiam debater essa péssima situação, especialmente prefeitos ou prefeitas e vereadores e vereadoras de todos os 102 municípios alagoanos.

Além do silêncio, também não há prestações de contas sobre o que foi realmente feito com os milhões dessas vendas e ainda há o “esquartejamento” das empresas privadas que compraram a butija em 74 municípios e irão comprar nos demais 28.

PARA NÃO SE DEIXAR ILUDIR, SE POSSÍVEL, LEIA também: 

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/06/privatizacao-ou-venda-dos-servicos.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2024/06/audiencia-publica-para-privatizacao-dos.html

- http://onguedeolho.blogspot.com/2020/10/m2020-privatizacao-precarizara-os.html

Em resumo, quando tentaram vender os bens municipais de 28 municípios, que ainda não haviam vendido ou privatizado os mencionados lucrativos serviços, formou-se às pressas e precariamente o MA² (Movimento Antiprivatização (ou Antivenda) da Água, que, como lestes nos conteúdos acima indicados, publicizou os fatos para cada povo e para a população em geral.

Essa atitude do MA², mais as irregularidades existentes nos procedimentos das vendas referentes aos 28 municípios, levaram ao adiamento das referidas últimas vendas.

Daí, o MA² viajou por 22 municípios e constatou que a privatização ou a venda produziram os aumentos da conta d’água, aumentos da própria falta d’água e piora da qualidade da mesma, e a criação de tarifas de saneamento inexistente ou sem-funcionamento.

Então, nessas últimas eleições, o MA² reforçou as lutas pela não-venda dos serviços nos 28 municípios e pela reestatização deles nos demais 74, que já haviam vendido.

Estranhamente, em praticamente todos os municípios e até mesmo as candidaturas das oposições eleitorais, emudeceram sobre essa grave questão e sobre a solução da mesma. 

Mas a população também não debateu a questão, sob o prisma da política, e até votou em candidaturas favoráveis à venda.

O descaso para com a população realmente é grande. Mas ela também ficou e fica apenas nas poucas manifestações sob o prisma e a qualidade de consumidora.

O MA², inclusive, constatou que em cerca de 3 municípios pessoas diziam que a água estava faltando há mais de 15 dias e essa falta era constante. Mas as contas d’água chegavam com muita tranquilidade e “desrespeito” às empobrecidas famílias consumidoras.

Aliás, eis questões bastante antigas e conhecidas:

-  https://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/siope-sem-informacoes-de.html

- https://onguedeolho.blogspot.com/2024/08/batalha-suas-estranhezas-orcamentarias.html

- https://onguedeolho.blogspot.com/2024/07/sao-bras-sem-rrgf.html

- https://fcopal.blogspot.com/2024/11/1-audiencia-virtual-com-o-nudepat.html

Em 9 de dezembro, o MA² recebeu contatos dos municípios: Colônia Leopoldina, Porto Calvo e Branquinha, informando e indagando de o por que a conta d’água ter aumentado cerca de 5%?

Em 12 de dezembro, quando participava do Fóruns dos Conselhos de Participação Social, o MA² voltou a receber semelhantes questionamento dos municípios: Tanque d’Arca, Feliz Deserto, São Luís do Quitunde, Paulo Jacinto e Joaquim Gomes.

Em 13 de dezembro, durante a 1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Agreste Alagoano, no Ifal, campus Arapiraca, os questionamentos a respeito da falta d’água e do aumento do valor dela vieram dos municípios Taquarana, Marimbondo e Anadia.

Então, a resposta de o por que a conta d’água ou a fatura dela ter aumentado é aparentemente simples. Porque Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas - https://arsal.al.gov.br) autorizou.

Eita!

Ao menos essa é a informação divulgada, via internete, pelo portal  SE7E Segundos, em matéria de Felipe Ferreira, que pode ser lida em https://www.7segundos.com.br/maceio/noticias/2024/11/08/262766-transporte-intermunicipal-agua-e-esgoto-ficam-mais-caro-a-partir-de-dezembro-veja-os-detalhes.

Mas realmente há algo de estranhezas.

Por que a Arsal, aparentemente, não fiscaliza se há fornecimento contínuo de água e se ela é de boa qualidade para consumidoras e consumidores?

Assim, há fortes indícios de o porquê dos mais diversos ódios sobre o nosso patrimônio, chamado despolitizadamente de “patrimônio público”, quando a dimensão dele atende a toda a comunidade.

Triste moral da história:

O Estado que penaliza, aumentando o preço da água e dos inexistentes ou sem-funcionamento esgotos ou saneamentos básicos para as empobrecidas famílias, é o mesmo que não fomenta um bom fornecimento d’água e não fiscaliza a qualidade da respectiva prestação de serviços, essenciais à sofrida população.


>Produção: Fórum de Controle de Contas Municipais em Alagoas – Foccomal
Contatos – Imeio: fcopal@bol.com.br – Blogue: fcopal.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Integrante do Foccomal e do MA²